A Intel apresentou os vencedores da terceira edição de seu concurso Intel AI Global Impact Festival, um festival que reuniu tecnólogos, futuros desenvolvedores, formuladores de políticas e líderes acadêmicos de 26 países para buscar soluções para problemas do mundo real através da Inteligência Artificial (IA). Dentre os premiados está um grupo de brasileiros, que venceu na categoria entre 13 e 17 anos com um projeto que visa ajudar pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) a se comunicar de forma mais prática e com um menor custo. Foi a primeira participação do Brasil na premiação.
Os responsáveis pelo projeto são os estudantes Laura Jeronimo, Pedro Costa e Raissa Daloia, que cursam Técnico em Informática na Escola Técnica Estadual (Etec) Profª Maria Cristina Medeiros, de Ribeirão Pires, do Centro Paula Souza (CPS), e entraram no mundo da Inteligência Artificial graças aos professores Anderson Silva Vanin (coordenador) e Cíntia Maria Pinho (co-coordenadora), por meio de um projeto de iniciação científica que contou com apoio da própria Intel com o AI For Youth, onde a empresa auxilia na capacitação de professores para levar o ensino de IA a 30 milhões de estudantes até o final do ano de 2030.
Vencedor na categoria que corresponde à faixa etária entre 13 e 17 anos, o projeto brasileiro tem como foco o uso de um teclado virtual operado por rastreamento ocular, porém em uma plataforma de baixo custo para permitir que pacientes com ELA das mais variadas camadas sociais tenham acesso.
De forma resumida, o usuário terá seu rosto escaneado pela webcam do computador, e então os movimentos dos olhos serão entendidos como comandos para navegação por um teclado virtual, bastando olhar para a esquerda ou para a direita para mover o cursor, e piscar para selecionar a letra desejada. Tudo será escrito em um bloco de notas, e então lido ao final de cada palavra digitada.
O projeto usa Inteligência Artificial em várias etapas de seu funcionamento, incluindo o próprio rastreamento ocular, o processamento da imagem captada pela webcam, e as otimizações desejadas no teclado para uma predição eficaz das palavras, o que facilitará ainda mais a vida dos usuários — além, é claro, de toda a otimização necessária para deixar o código mais eficiente.
Segundo os estudantes responsáveis, um dos grandes desafios foi justamente tornar o projeto mais leve em termos de consumo computacional, permitindo assim que mesmo usuários com computadores modestos pudessem aproveitar a tecnologia — até então, era necessário “ao menos um Core i5” para tudo rodar com um desempenho minimamente aceitável. Para tal, foi muito importante o uso do OpenVINO, kit de ferramentas de código aberto usado para facilitar a otimização e a aplicação de processamento de IA, por meio do qual os alunos descobriram novas bibliotecas e abordagens que poderiam seguir para tornar seu programa mais leve.
“A Intel tem um profundo compromisso de tornar a tecnologia inclusiva e expandir a prontidão digital para todos. A IA é uma superpotência da tecnologia, e ela pode ser aplicada em diferentes situações para melhorar a vida de todas as pessoas no planeta. O projeto vencedor do Brasil, além dos outros premiados no festival de estudantes de todo o mundo, são o exemplo perfeito disso.” — Emilio Loures, Diretor de Políticas Públicas da Intel Brasil
O projeto vencedor competiu com mais de 80 outros projetos de 26 países (incluindo um do Brasil) em sua categoria, passando não apenas por avaliação técnica como também ética, considerando todas as preocupações da Intel que envolvem um uso consciente de IA. A plataforma do festival deste ano também ofereceu uma nova lição autoinstrucional sobre habilidades de IA responsável, com certificação para todos os participantes.
O pódio da categoria entre 13 e 17 anos do Intel AI Global Impact Festival foi composto por:
O projeto vencedor recebeu uma premiação importante para dar continuidade ao seu desenvolvimento, incluindo US$ 5 mil em dinheiro, laptops com processadores Intel de última geração, certificados e oportunidades de mentoria com desenvolvedores renomados, algo essencial para novos insights que podem tornar o projeto ainda mais eficiente em resolver o problema proposto. No total, serão US$ 500 mil distribuídos entre os premiados.
Outras categorias presentes na terceira edição do AI Global Impact Festival, e seus respectivos projetos vencedores, foram:
Parabéns!