Projeto visa aprimorar, padronizar e difundir técnicas de entrevistas investigativas no Brasil
A Escola de Direito da Atitus Educação renovou o convênio com o Centro Norueguês de Direitos Humanos da Universidade de Oslo para capacitar policiais brasileiros na técnica de Entrevista Investigativa. A parceria, vigente até 2026, visa fortalecer investigações criminais alinhadas aos padrões internacionais de direitos humanos.
Coordenado pelo professor William Weber Cecconello, o Laboratório de Ensino e Pesquisa em Cognição e Justiça (CogJus), do Centro de Conhecimento em Direito, Democracia e Tecnologia, executa o projeto no Brasil.
Em 2024, o CogJus apoiou 15 instrutores na difusão das técnicas e formou 121 oficiais na identificação de testemunhas oculares, além de capacitar recrutas policiais.
“A troca de conhecimentos e a capacitação contínua são pilares fundamentais para transformar práticas e fortalecer instituições. Ao substituir métodos ultrapassados por abordagens científicas e humanizadas, damos passos concretos na construção de um sistema mais justo e confiável”, declara Cecconello.
Diretor da Escola de Direito da Atitus, Leandro Caletti destaca os dois principais avanços a partir da parceria para a instituição, seus alunos e colaboradores:
“Além de consolidar o Centro de Conhecimento em Direito, Democracia e Tecnologia como produtor de soluções concretas e atuais em segurança pública e no respeito aos direitos humanos, a renovação reforça a decisão da Escola de Direito da Atitus por uma internacionalização estratégica, efetiva e vocacionada a parceiros internacionais verdadeiramente relevantes”, avalia Caletti.
O projeto também consolidou a cooperação com o Ministério da Justiça, promovendo um seminário nacional com apoio do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.
Nos próximos dois anos, o programa ampliará seu alcance. Em 2025, serão treinados mais cinco instrutores, totalizando 24 até 2026. O treinamento de recrutas policiais também crescerá, capacitando 800 novos profissionais até o final do projeto. O número de oficiais treinados para investigações complexas aumentará de 19, em 2024, para 100 até 2026. A formação em identificação de testemunhas oculares será expandida, atingindo 200 profissionais especializados até 2026.
A colaboração com o Ministério da Justiça continuará a crescer. Em 2025, a meta é integrar as técnicas investigativas nos currículos das academias de polícia em todos os estados brasileiros. O objetivo final é que a entrevista investigativa seja adotada como método padrão no Brasil.
A renovação da parceria reafirma o compromisso da Atitus com um sistema de justiça mais eficaz e transparente. Com a expansão das capacitações até 2026, espera-se que mais policiais estejam preparados para investigações baseadas em evidências e respeito aos direitos humanos. O futuro da segurança pública passa pelo conhecimento, e a Atitus segue liderando essa transformação.
Crédito da imagem: Eduarda Ricci Perin
Escrito por: Caue Fonseca
