No Tecnopuc Experience 2025, a HardFun mostrou que o futuro da educação não é só digital e é também humano, adaptável e movido por propósito
O palco Sebrae do Tecnopuc 2025 recebeu, nesta quinta-feira (30), duas palestras da HardFun, empresa referência em inovação por meio de software, inteligência artificial e data science voltada a organizações de impacto social.
Representantes da empresa trouxeram exemplos concretos de como a inovação pode funcionar em cenários de vulnerabilidade e escassez, sem perder o compromisso com a transformação social.
Na primeira palestra, Juliano Bittencourt, o diretor-executivo, e Robson Mendonça, o diretor de Tecnologia da HardFun, trouxeram a parceria da empresa com a Fundação ProFuturo, responsável por levar educação digital a comunidades sem acesso à internet.
A solução combina kits com notebooks, tablets e servidores locais, permitindo o funcionamento de plataformas como o Moodle em modo totalmente offline. Hoje, a tecnologia já está presente em mais de 40 países, impactando populações em campos de refugiados e regiões isoladas, muitas vezes com infraestrutura mínima.
O diretor executivo afirma que a HardFun mede o sucesso desse trabalho, a partir do impacto real está no uso efetivo da tecnologia, especialmente por parte das crianças.
“Talvez trazendo pra nossa experiência particular, o que mais importa é o quanto as crianças, que são os beneficiários diretos, fazem uso pedagógico dos recursos. Às vezes, nem sempre as métricas são quantitativas, é uma experiência empírica. O quanto as crianças têm acesso e efetivamente usam o que a gente oferece é a última métrica”, explica Juliano.
Ele reforçou ainda a ideia central da HardFun: a tecnologia só faz sentido quando está a serviço da aprendizagem. O foco não está em instalar sistemas sofisticados, mas em garantir que o conhecimento chegue onde é mais necessário e que ele permaneça.
Na segunda palestra, Alessandra Borges Bressane, analista de Customer Experience, e Vinícius Castro Ferreira, cientista de dados, apresentaram uma tecnologia criada para apoiar professores da rede pública em ambientes de educação a distância.
O chatbot com inteligência artificial generativa, a Dora, oferece interações naturais, respostas rápidas e suporte contínuo, tornando-se uma alternativa mais eficiente aos modelos tradicionais. A ferramenta já reduziu significativamente a necessidade de atendimentos humanos, permitindo que as equipes pedagógicas foquem em formações mais estratégicas.
Mas a inovação não está apenas na agilidade. Questionado sobre como garantir que a IA generativa fortaleça a autonomia e a segurança dos professores, em vez de apenas gerar respostas automáticas, Vinícius Castro Ferreira explicou o cuidado técnico e ético envolvido no desenvolvimento do sistema.
“A gente utiliza diversos filtros para que o usuário não envie mensagens de ódio, e também para garantir que a Dora não responda de forma inadequada. Existe toda uma questão ética, além de uma engenharia de prompt muito bem definida.”, explica.
A ferramenta, portanto, não é apenas um chatbot, é uma assistente emocional e pedagógica, desenhada para escutar, orientar e acompanhar o professor em seu processo de aprendizagem contínua e pode ser usada por qualquer usuário de plataforma de aprendizagem online.
As duas experiências apresentadas pela HardFun têm um ponto em comum: usar tecnologia para devolver autonomia, seja a comunidades desconectadas, seja a professores que buscam reinventar suas práticas.
Este conteúdo é um oferecimento do TIC em Trilhas, uma iniciativa que oferece, de forma gratuita e online, trilhas de formação em Tecnologias da Informação e da Comunicação a partir de metodologias ativas de aprendizagem e com apoio de mentores e monitores especializados. A iniciativa integra o projeto Residência em TIC 02, apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com recursos da Lei n° 8.248/91, sob coordenação da Softex e diversos parceiros e instituições renomadas com expertise na área.