Coordenadora da Rede RS Startup e o gestor de comunidades, Clarice Lamb – Crédito: Matheus Pé/Padrinho

Tecnopuc Experience: Rede RS Startup oferece 8 programas de apoio a empreendedores

Mapeamento realizado pelo projeto divide Estado em áreas de vocação e traz tendências para o ecossistema de inovação; assunto foi pauta no Tecnopuc Experience

Com visitantes do Pará e do Amazonas na plateia, a palestra “Juntos Somos Inovação: O papel da Rede RS Startup no ecossistema gaúcho” abriu a trilha Ecossistema do Palco Linha do Tempo no Tecnopuc Experience, realizado nesta realizado nesta quinta-feira, na PUCRS.

A coordenadora da Rede RS Startup e o gestor de comunidades, Clarice Lamb e Felipe Guedes da Luz, apresentaram os caminhos e ferramentas para ajudar startups em suas diferentes fases e conectar a ambientes de inovação.

São oito programas de apoio ao empreendedorismo, como o “Rede inve$t”, que é voltado para atração de investimentos para startups e já soma mais de 20 selecionadas para rodadas de negócios e 19 investidores.

Já o “Vitrine Rede RS Startup” é um programa realizado em parceria com o estúdio Box Brasil para dar visibilidade a startups do estado que querem ampliar seu alcance de negócio, com entrevistas no YouTube.

Para quem visa o mercado global, o programa “Internacionalização” fomenta parcerias e oportunidades fora do país e abre as portas para empresas estrangeiras que queiram se estabelecer no RS.

Pequenas startups e aquelas em fase de ideação podem se familiarizar com os conceitos de empreendedorismo com o programa “Nos trilhos”. “A proposta é traduzir e descomplicar termos de inovação para quem quer começar”, explica Felipe.

Há também um “Glossário para Inovação” que pode ser baixado de forma gratuita em PDF. Na comunidade WhatsApp são divulgadas oportunidades para startups, eventos e chamadas de investimento.

A Rede RS Startup é uma iniciativa da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do governo estadual (SICT RS), executada pela Aliança para Inovação de Porto Alegre, que reúne PUCRS, Unisinos, UFRGS e UFCSPA. Está presente em todos os canais digitais (YouTube, Spotify, LinkedIn e Instagram e todos os programas podem ser acessados de forma gratuita neste link.

Durante a palestra “Ecossistema de startups no RS: As tendências que estão redefinindo as oito regiões do Estado”, foi abordado o cenário do empreendedorismo e inovação no estado.

O painel teve participação de Artur Gibbon, diretor de ambientes de inovação da Anprotec e conselheiro do Inova RS, Rafaela Trizotto, que foi responsável pelo mapeamento da Rede RS Startup e hoje está na farmacêutica Hertz, Luiza Rossetto, gestora de inovação e tecnologia da Rede RS Startup, e Gustavo Adornes, também da Rede RS.

O debate girou em torno do mapeamento realizado pela Rede RS, que divide o Estado em oito regiões, e fez um levantamento de startups e ambientes de inovação no estado. Esse documento ajuda nas tomadas de decisões, como políticas públicas a serem implementadas para fomentar programas de conexões, investimentos, retenção de talentos, dentre outras.

O mapeamento nasceu de uma necessidade de entender o ecossistema de startups no RS e foi a primeira vez que algo desse calibre foi realizado no Brasil com dados o mais próximo da realidade possível no RS. Os dados, aliás, são públicos e gratuitos.

O mapeamento também ajuda startups a enxergarem o ambiente completo de inovação no Estado, conhecendo oportunidades, concorrência e onde seria o lugar ideal para se instalar de acordo com as necessidades de uma área, cidade ou região, por exemplo.

Para se ter uma ideia, o levantamento traz que somente em Porto Alegre e região metropolitana são mais de 800 startups. No estado, são 1.472 startups. Em termos de estágio de maturidade, cerca de 10% estão em fase de ideação ou de escala. Enquanto isso, a grande maioria está nas fases de validação ou crescimento.

Sobre as principais vocações das startups:

1ª – Tecnologia da informação (ITTechs), com 12%;

2ª – Health Techs (área da saúde), com 10%;

3ª – Agtechs (voltadas para o agro), com 8%;

4ª – Edtechs (educação e gamificação), com 6%;

5ª – Fintechs, com 5%.

Segundo Rafaela, na Região Metropolitana a vocação é educação, economia criativa, saúde e TICs, enquanto as novidades são startups na área de sustentabilidade socioambiental, Fintechs e Martechs (voltadas para mídia, marketing e economia criativa).

“Cinco regiões do RS têm como uma de suas vocações a saúde, área que o governo também vem desenvolvendo com projetos digitais para sermos referência em saúde e bem-estar”, comenta Rafaela.

Conforme ressaltou Gibbon, as métricas são fundamentais para traçar planejamento, mas sempre permitindo que coisas novas e legais surjam, sem cercar de muros a inovação. “É mais fácil construir uma trajetória quando se tem outros a seu lado fazendo a mesma coisa e o apoio de ambientes de inovação. Quando vemos as startups já consolidadas, invariavelmente estão ligadas a esses ambientes”, acrescenta.

Para Luiza, as potencialidades do RS são diversas e ela coloca em primeiro lugar a necessidade de manter os dados atualizados para manter um número mais próximo da realidade possível. “Estamos pensando em manter uma periodicidade de seis em seis meses. Esse é um esforço coletivo e unificado”, revela.

Por que investir no RS

A palestra “Mantenedores do ecossistema: O papel estratégico das empresas no apoio a startups” apresentou diversos motivos para investir no ecossistema de inovação do RS e em startups da região.

Rodrigo Cavalheiro, da Associação Gaúcha de Startups (AGS), comandou o diálogo com Rodrigo Cury, da Fruki Bebidas, e Rafael Zanatta, da Vibee (hub de inovação da Unimed).

Para quem deseja ser um patrocinador, associações como a AGS são um caminho, bem como hubs de inovação, como a Fruki e a Unimed mantém.

Para Zanatta, a inovação vem acompanhada de uma rediscussão sobre o que é inovar, além de criar pontes para que as startups entendam a necessidade da grande corporação e para que as empresas tenham claro o que desejam ao se conectar com uma startup. “Prepare a organização, explique para os colaboradores que é uma conexão importante, que vão construir em conjunto, e busquem soluções que estejam muito alinhadas ao que realmente precisam”, expõe.

Para Cury, o importante é ter pessoas com perfil de inovação na empresa, que busquem soluções em startups, que participem de eventos e de missões estratégicas. “Antes da Fruki ter uma estrutura de inovação, tínhamos pessoas muito conectadas com o tema. Hoje trabalhamos muito essa cultura”, revela.

Os benefícios da colaboração entre empresas, startups e instituições de apoio não ficam apenas na esfera financeira, mas se traduzem em impactos positivos para a reputação da empresa patrocinadora, no desenvolvimento de mercado, na atração e retenção de grandes talentos e na geração de valor coletivo.

O grande ganho, segundo Zanatta, são coisas intangíveis, como ter equipes em contato com startups o tempo todo.

Este conteúdo é um oferecimento do TIC em Trilhas, uma iniciativa que oferece, de forma gratuita e online, trilhas de formação em Tecnologias da Informação e da Comunicação a partir de metodologias ativas de aprendizagem e com apoio de mentores e monitores especializados. A iniciativa integra o projeto Residência em TIC 02, apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com recursos da Lei n° 8.248/91, sob coordenação da Softex e diversos parceiros e instituições renomadas com expertise na área.

Rede Brasil Inovador

Aldo Cargnelutti é editor na Rede Brasil Inovador. Estamos promovendo os ecossistemas de inovação, impulsionando negócios e acelerando o crescimento econômico. Participe!

rede@brasilinovador.com.br
+55 11 94040-5356

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