Alan Santos, da HP – Crédito: Matheus Pé/Padrinho

Tecnopuc Experience: inovação exige reflexão até mesmo sobre questões que ainda não surgiram

Pensamento filosófico marcou presença no Palco Crialab da Tecnopuc Experience, mostrando por que é como fazer as perguntas certas

Entre as muitas dúvidas que surgem conforme o ser humano avança em sua relação com a inteligência artificial (IA), talvez as principais sejam relacionadas ao limite das novas ferramentas e os conceitos éticos que embasam o uso de dados. Algumas dessas questões, no entanto, ainda nem apareceram.

A IA generativa, por exemplo, é um fenômeno muito recente. “Ainda existe muita pesquisa acontecendo, para entendermos o que fazer com tudo isso. Essas discussões são muito novas, em nível mundial. Ainda vamos pensar em como resolver muitos problemas”, explica Alan Santos, da HP.

Ele lista três desafios que podem ajudar a pautar a reflexão. O viés algorítmico, que fala da probabilidade de um modelo apresentar resultados equivocados por aplicar as regras definidas em dados que não têm a ver com a pergunta a ser respondida; a privacidade de dados, que pode alcançar até mesmo as futuras gerações, com informações sensíveis sendo jogadas em serviços de IA; e o uso responsável, que é a preocupação ética na hora de treinar um modelo.

Estudioso da questão ético-filosófica na relação entre o homem e a tecnologia, o professor Nythamar de Oliveira Jr., da PUCRS, acredita que a máquina ainda deve levar algum tempo para chegar perto da capacidade criativa do ser humano. “Quando alguém faz uma criação genial é porque criou algo que rompe com padrões, e isso exige consciência e intencionalidade”, defende.

Nesse contexto, líderes de empresas inovadoras estão buscando respostas – ou a forma de fazer perguntas – justamente na filosofia. Por mais que os conceitos pareçam distantes, sem uma profunda reflexão a tecnologia não levará ao avanço de fato. “Vivemos uma era de muita automatização e muita superficialidade, um mundo em que a gente pode andar em círculos a vida inteira, mas o mais importante é sobre onde se está indo”, defende Leonardo Franke Gonçalves, da Nova Acrópole.

Leonardo explica que a filosofia pode ajudar os executivos de empresas inovadoras a: ver, no sentido da sabedoria; discernir na hora de tomar decisões, com base em origem, identidade e finalidade; e integrar, resolvendo questões que perpassam diferentes áreas e conceitos.

Tudo isso acontece a partir das três perguntas clássicas (quem somos, de onde viemos e para onde vamos). Transmutadas para as demais questões do dia a dia, nos negócios ou na vida, elas podem ser o caminho para respostas fundamentais. “Se quisermos fazer mudanças profundas, precisaremos juntar duas pontas: inovação e tradição”, conclui Leonardo.

Este conteúdo é um oferecimento do TIC em Trilhas, uma iniciativa que oferece, de forma gratuita e online, trilhas de formação em Tecnologias da Informação e da Comunicação a partir de metodologias ativas de aprendizagem e com apoio de mentores e monitores especializados. A iniciativa integra o projeto Residência em TIC 02, apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com recursos da Lei n° 8.248/91, sob coordenação da Softex e diversos parceiros e instituições renomadas com expertise na área.

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Aldo Cargnelutti é editor na Rede Brasil Inovador. Estamos promovendo os ecossistemas de inovação, impulsionando negócios e acelerando o crescimento econômico. Participe!

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