Painéis no Navi Hub, do Tecnopuc Experience, destacaram como soluções cognitivas e agentes digitais estão tornando processos mais ágeis e eficientes
Representando o Banrisul, patrocinador máster do Navi Hub, Bruna Stein Gonçalves e Felipe Bertoglio trouxeram ao Tecnopuc Experience um panorama sobre como a inteligência artificial vem sendo aplicada no setor bancário e quais são os desafios para que essa transformação vá além das soluções de back office.
Segundo Bruna, embora a maioria dos bancos brasileiros ainda esteja em estágio inicial de adoção, o Banrisul já avança em projetos que unem automação cognitiva e inteligência operacional, substituindo modelos fixos por sistemas capazes de aprender e se adaptar continuamente.
“O desafio agora é sair de modelos fixos e partir para soluções que aprendem com o tempo. A automação deixa de ser apenas operacional e passa a ser cognitiva, que contém etapas de interpretação”, destacou Bertoglio, explicando o conceito de inteligência operacional que vem sendo desenvolvido no banco.
Casos práticos foram apresentados, como o uso de IA no processamento jurídico e contábil, que reduziu significativamente o tempo de execução das tarefas, mantendo a supervisão humana como requisito central. “Todas as informações processadas pelos agentes precisam passar pela validação de alguém com conhecimento técnico. É assim que garantimos conformidade e alinhamento estratégico”, reforçou.
Bruna encerrou enfatizando a importância da literacia em IA, com programas internos de capacitação, newsletters, webinars e trilhas formativas. “Antes de implementar qualquer tecnologia, precisamos mudar o mindset e mostrar que a IA está aqui para potencializar pessoas, não substituí-las”, afirma.
A palestra seguinte no Navi Hub discutiu as possibilidades da automação com agentes de IA nos setores público e privado. O primeiro a falar foi Luis Fernando Saraiva, CEO da Scius AI, que apresentou o avanço dos agentes digitais, soluções leves e autônomas capazes de operar de forma contínua, integrando dados de diferentes fontes e aplicando regras de negócio em tempo real.
Segundo ele, esses agentes estão transformando a automação tradicional em um modelo mais ágil e personalizado. “É um modelo computacional básico, com entrada, processamento e saída, mas que consegue orbitar e consumir informações de várias fontes para automatizar tarefas segundo as regras do negócio”, define.
Na sequência, Marcio Gusmão Scherer, supervisor de arquitetura de inovação da Procempa, mostrou como a empresa municipal vem aplicando IA na gestão pública de Porto Alegre, com destaque para o cercamento eletrônico, que fez diminuir sensivelmente o roubo de carros na cidade, e soluções que facilitam o diagnóstico precoce de câncer de pele.
O painel reforçou que o futuro da automação, seja em bancos, empresas ou governos, depende de agentes inteligentes aliados à responsabilidade ética e à proteção de dados.
Este conteúdo é um oferecimento do TIC em Trilhas, uma iniciativa que oferece, de forma gratuita e online, trilhas de formação em Tecnologias da Informação e da Comunicação a partir de metodologias ativas de aprendizagem e com apoio de mentores e monitores especializados. A iniciativa integra o projeto Residência em TIC 02, apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com recursos da Lei n° 8.248/91, sob coordenação da Softex e diversos parceiros e instituições renomadas com expertise na área.