Na manhã desta quinta-feira, o público do SET Expo 2025 foi convidado a imaginar a televisão do futuro em um mundo em que telas estão em todo lugar, da sala de estar ao bolso. O painel “TV 3.0 e 5G Broadcast – O Futuro Convergente da Conectividade” explorou como a radiodifusão brasileira está prestes a se transformar.
Moderado por Hermano Pinto, diretor da Informa Markets, o debate destacou a convergência entre broadcast e redes móveis, um encontro de tradições e inovações. “O desafio não é apenas tecnológico, é de governança. Precisamos pensar em neutralidade, interoperabilidade e escalabilidade”, afirmou Henry Douglas Rodrigues, gerente executivo do xGMobile – Centro de Competência Embrapii-Inatel em Redes 5G e 6G. Ele lembrou que hoje 70% da população mundial já acessa redes móveis, enquanto a TV aberta ainda alcança 60%.
Ana Eliza Faria e Silva, gerente sênior do Regulatório de Tecnologia da Globo, destacou como a TV do futuro poderá personalizar a experiência sem perder o acesso gratuito. “O conceito da DTV+ permite que o público reconheça a marca e tenha acesso simples e seguro, unindo a televisão linear com novas possibilidades interativas.”
A tradição da TV linear também foi lembrada. Alfonso Aurin, superintendente de Distribuição, Tecnologia e Serviços do SBT, comentou: “o brasileiro ainda valoriza hábitos antigos: assistir ao jornal no café da manhã ou ver o jogo no sofá. O desafio é oferecer inovação sem perder essa conexão afetiva com a audiência.”
Entre discussões sobre 5G Broadcast, ATSC 3.0 Mobile, APIs de rede e edge computing, ficou claro que a próxima fase da televisão dependerá de tecnologia, estratégia e criatividade. Rodrigues resumiu, “estamos diante de uma oportunidade única para unir dois mundos e criar escala, relevância e novas experiências para os telespectadores.”