O último dia do ColaBora Mundo — evento que reuniu especialistas, gestores e empreendedores em torno da inovação e do desenvolvimento urbano — foi marcado pela palestra Cidades Inteligentes, nesta quarta-feira (29).
O painel teve mediação do jornalista Gustavo Klein e contou com a participação de Fernando Oliveira, especialista em Cidades Inteligentes da UFSC, Cristiane Pereira, diretora-presidente do Instituto MultipliCIDADES e presidente da ASSESPRO-DF, e Eduardo Bittencourt presidente da Fundação Parque Tecnológico de Santos, que representou Fábio Ferraz, secretário de Governo.
Os palestrantes discutiram como a tecnologia, a gestão de dados e a participação cidadã podem transformar os centros urbanos em espaços mais eficientes, sustentáveis e inclusivos.
O presidente do Parque Tecnológico destacou as ações que vêm consolidando Santos como referência nacional em governança digital e inovação pública, ressaltando o papel do equipamento na integração entre poder público, universidades e setor privado. “O Parque Tecnológico atua com um modelo de governança que une universidades, empresas e o poder público para criar soluções conjuntas”, explicou Bittencourt.
“Estamos estruturando o Conselho Municipal de Inovação, o Fundo Municipal de Inovação e o Prominnova, programa que vai oferecer incentivos fiscais para empresas que investirem em tecnologia”, acrescentou.
TECNOLOGIA
Fernando Oliveira reforçou que a tecnologia deve ser vista como meio, e não como fim, no processo de construção das cidades do futuro. “Precisa estar a serviço da qualidade de vida. As cidades inteligentes também devem ser humanas sustentáveis e criativas”.
Já Cristiane Pereira lembrou que o desenvolvimento urbano inteligente depende do entendimento profundo do território e de uma visão integrada sobre a cidade. “Em Santos, o Parque Tecnológico é mais do que um prédio — é um, ecossistema que envolve vários quarteirões e precisa ser pensado como um bairro de inovação, capaz de atrair empresas e fomentar novos negócios”.
Os participantes também abordaram desafios comuns às cidades brasileiras — como mobilidade urbana, meio ambiente e gestão de recursos — e apontaram caminhos para o uso estratégico de tecnologias e políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade de vida.