O papel das universidades para enfrentar as mudanças climáticas

Painel apontou importância da produção de conhecimento, dos parques tecnológicos e dos programas de extensão que valorizam comunidades tradicionais. Foto: Diego Galba (ASCOM/MCTI)

Reitores debateram nesta terça-feira (14), em Belém (PA), o papel das instituições de ensino superior no enfrentamento das mudanças climáticas. O painel ocorreu na Casa da Ciência, espaço do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que abriga uma série de exposições e mesas redondas até 21 de novembro em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

Os representantes de universidades federais, estaduais e comunitárias demonstraram a importância dessas instituições no combate à crise climática por meio da integração de políticas públicas e na formação de gestores, educadores e profissionais todos os anos. Outra ação de impacto são os programas de extensão com participação das comunidades tradicionais. Os educadores também pediram o fortalecimento dos programas de financiamento da pesquisa.

A reitora da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Marília Pimentel, que mediou a mesa redonda, disse que as universidades públicas ocupam um lugar estratégico na produção de conhecimento sobre clima. “Em um momento que o planeta exige respostas rápidas, responsáveis e sustentáveis, o ensino superior se apresenta como um agente ativo na transformação social”, afirmou.

O representante da Associação Brasileira das Instituições Comunitárias de Educação Superior (Abruc), Jorge Audy, destacou os ecossistemas de inovação, como parques tecnológicos e centros tecnológicos como ferramentas essenciais para o desenvolvimento. Segundo ele, a Amazônia tem biodiversidade e riqueza sociocultural propícias para a implementação de projetos de larga escala em bases sustentáveis.

A reitora da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), Cicília Maia, defendeu a valorização da educação e o financiamento de iniciativas. “Os nossos desafios têm condições de serem resolvidos pela expertise de cada instituição. Com o financiamento adequado, com certeza, a gente pode conseguir fazer muito mais”, destacou a professora, que também é presidente da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem).

Já o reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e presidente da Andifes, instituição que representa os dirigentes das instituições federais de ensino superior, comemorou a realização da COP30 e a centralidade da Amazônia nos debates climáticos.

“Universidades federais formam milhares de profissionais todos os anos, produzem conhecimento de excelência e atuam lado a lado fortalecendo as comunidades ribeirinhas, quilombolas, povos originários, agricultura familiar, gestores públicos e empreendedores locais, sendo a força singular desse sistema, que é a ciência enraizada nos territórios”, ressaltou.

Casa da Ciência

A Casa da Ciência do MCTI, no Museu Paraense Emílio Goeldi, é um espaço de divulgação científica, com foco em soluções climáticas e sustentabilidade, além de ser um ponto de encontro de pesquisadores, gestores públicos, estudantes e sociedade. Até o dia 21, ela será a sede simbólica do ministério e terá exposições, rodas de conversa, oficinas, lançamentos e atividades interativas voltadas ao público geral.

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Aldo Cargnelutti é editor na Rede Brasil Inovador.

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