Players canadenses destacam empresas de SC no ACATE Global Gateway

Empresas de tecnologia de SC participam de missão no Canadá e consolidam estratégias de internacionalização rumo à expansão global de suas soluções. Foto: divulgação

Dentre as 20 empresas de tecnologia de Santa Catarina participantes do programa de internacionalização ACATE Global Gateway – iniciativa da ACATE, com o apoio da Fapesc -, três delas se destacaram no Canadá: DigimetFastBuilt e Yungas. Elas foram reconhecidas por players internacionais em uma rodada de pitches no Demo Day, evento final da missão na América do Norte.

A imersão em outubro e novembro nas cidades de Toronto e Kitchener, na região conhecida como Vale do Silício Canadense, proporcionou aos empreendedores a chance de apresentarem seus negócios a organizações canadenses como a Catalyst CommonsConestogaBCCCCommunitech e Accelerator Centre.

Saiba mais sobre cada uma das eleitas vencedoras do Demo Day do ACATE Global Gateway:

Yungas planeja atender varejistas globais

A Yungas, de Florianópolis, atua com um sistema para gestão e comunicação de redes de lojas e franquias em mais de 10 segmentos. A solução da empresa já ajudou no relacionamento de cerca de 100 companhias com suas unidades, entre elas: Stone, Subway, Burger King, Grupo L’Occitane, Casa do Pão Queijo e Laghetto Hotéis.

Durante a missão no Canadá, a empresa abriu portas para a expansão internacional no segmento varejista. “Tivemos a oportunidade de apresentar nossa solução a diversas empresas franqueadoras canadenses ao participar de uma feira, validando nosso posicionamento e mapeando as melhores oportunidades de entrada no mercado norte-americano. Além disso, ampliamos nossa rede de relacionamento com potenciais parceiros comerciais, consultores especializados em softlanding e players interessados em modelos de inovação aberta com varejistas”, celebra o COO Marcos Salles.

Salles também ressalta que obteve uma visão clara sobre o ecossistema de inovação do país norte-americano, o qual fomenta o empreendedorismo e estimula conexões internacionais. Em meio à imersão, ele e os demais empreendedores participantes tiveram acesso a hubs, universidades, aceleradoras e potenciais parceiros que são referências globais.

As oportunidades de relacionamento com players foram conquistadas a partir de uma preparação e um planejamento desenvolvido no ACATE Global Gateway de maneira prévia à viagem rumo ao Vale do Silício Canadense. “O programa apoiou muito nas fundações do processo de internacionalização. Tanto com encontros preparatórios que ocorreram nas semanas que antecederam a missão quanto com workshops práticos e conversas com mentores durante. Desde o início, recebemos suporte para compreender as particularidades do mercado, adaptar e ajustar nosso pitch para o contexto internacional e estabelecer um plano de go-to-market”, afirma o COO.

A Yungas quer internacionalizar a sua solução para atender varejistas globais que buscam eficiência, governança e centralização no relacionamento com seus franqueados ou estabelecimentos, afirma Salles. “Os potenciais parceiros viram valor na capacidade da Yungas de estruturar operações complexas de redes de varejo e facilitar processos que são dores universais: comunicação, padronização, gestão de unidades e engajamento da rede. Muitos deixaram claro que existe espaço para soluções como a nossa no mercado canadense e norte-americano, o que reforçou ainda mais nossa confiança na expansão”.

No início de sua jornada, a empresa catarinense também foi apoiada pela incubadora MIDITEC, onde teve auxílio para estruturar o modelo de negócio e acelerar a maturidade da empresa em áreas essenciais, como estratégia, produto e visão de crescimento.

Atualmente, a Yungas participa da Vertical Varejo da ACATE e do Grupo Temático de Internacionalização – programas em que tem acesso a oportunidades de networking. “Na Vertical Varejo, encontramos um ambiente de troca com outras empresas do segmento, além de claro, conexão com grandes empresas do setor principalmente através dos encontros periódicos. Nossa expectativa em participar do GT de Internacionalização é aprender com a experiência das demais empresas para que consigamos ser bem assertivos nessa jornada de levar a Yungas para outros países”, finaliza Marcos Salles.

FastBuilt, a construtech que conquistou o Brasil, quer ampliar negócios

Em destaque como a construtech mais promissora no mercado brasileiro, conforme o 100 Startups to Watch 2025, a empresa catarinense FastBuilt busca fazer negócios internacionalmente. Após participar da missão promovida pelo programa ACATE Global Gateway, o Head de Costumer Success, Vinicius Silva avança em novas conexões com players canadenses e na estruturação do negócio rumo à expansão global.

“Estamos conversando com empresas para tentar fazer pilotos e, também, sobre possibilidades de investimento, além de contatos com parceiros para abertura de caminhos”. Silva ainda acrescenta que o programa ofereceu um leque de oportunidades, por exemplo, em relação a conhecimentos sobre incentivos oferecidos por iniciativas, aceleradoras e fundos de Venture Capital estrangeiros visando à internacionalização.

De Blumenau e associada ao Polo ACATE-BLUSOFT, a FastBuilt possui uma plataforma de gestão de pós-obra, que atende desde a vistoria e entrega de imóveis até a assistência técnica, passando por manutenções preventivas, comunicação com clientes, personalização de acabamentos e acesso ao manual digital da unidade. No Brasil, a solução já chegou a mais de 300 construtoras, entre elas estão 15 das 100 maiores do ramo.

O Head de Costumer Success relata que o destaque conquistado pela empresa durante a missão no Canadá indica que o negócio está no caminho certo, crescendo de forma sustentável e promovendo a força do empreendedorismo catarinense.

A FastBuilt é participante da Vertical Construtech da ACATE e graduada no programa de incubação do Instituto Gene – incubadora integrante da Rede MIDIHUB. Para Vinicius Silva, o fomento do ecossistema impulsiona a empresa: “Ainda tem muita coisa para acontecer, estamos só começando. Ter incentivos e apoio, como de uma rede de mentores e da ACATE, tem nos ajudado a continuar evoluindo e crescendo como empresa, negócios e times”.

Digimet almeja negócios com as principais indústrias do mundo

A Digimet, empresa de Joinville que opera uma plataforma digital para processos metalúrgicos, visualizou durante a missão ao Canadá oportunidades de validar a solução e iniciar seu posicionamento no mercado norte-americano. “O processo de internacionalização, acompanhado pelo ACATE Global Gateway, tem sido extremamente estruturado e efetivo. A curadoria das agendas, os workshops e o acompanhamento individual deram incrementais insights sobre os passos que a Digimet precisa continuar seguindo para entrar no mercado internacional com consistência”, destaca Renan Floriani, COO da empresa.

Durante as duas semanas de imersão no Vale do Silício Canadense, Floriani realizou conexões com hubs de inovação, mentores e empresas que são referência global em tecnologia industrial, inteligência artificial (IA) e manufatura avançada. Ele ressalta que a recepção por potenciais parceiros foi positiva: “Destacaram a maturidade da nossa solução, o uso avançado de IA e o potencial de impacto direto na produtividade e segurança das operações industriais”.

Atualmente, a empresa tem 55 clientes ativos – como as companhias internacionais Lear Corporation, Magna, Gestamp, Faurecia e Metalsa -, mas almeja ir mais longe: ser a escolha primária das principais indústrias globais para a digitalização de análises macrográficas (inspeção destrutiva da solda), metalográficas (ferro fundido e aço) e ensaios de dureza Brinell. A plataforma da Digimet opera em conjunto com equipamentos que auxiliam profissionais na rotina laboratorial, agilizando trabalho, eliminando erros e gerando padronização e assertividade.

Para Floriani, a Digimet está bem posicionada para atender às demandas dos segmentos automotivo e metalmecânico internacional, um mercado que enfrenta desafios no controle de qualidade automatizado. “Voltamos com novos contatos, novas perspectivas e, principalmente, com a certeza de que a nossa solução tem aderência global e potencial para escalar rapidamente fora do Brasil”. O COO acrescenta que a expansão de mercados é possível porque “tivemos uma base sólida construída e validada no Brasil, onde parte disso vieram dos ecossistemas que nos apoiaram desde o início”.

Em seu desenvolvimento, a empresa associada ao Polo ACATE-SOFTVILLE contou com o apoio do BRDE Labs SC Growth em 2022, na primeira edição do programa de aceleração comercial de startups. “Tivemos acesso a mentorias, conexões com grandes indústrias e oportunidade de apresentar a nossa tecnologia e o nosso modelo de negócio para o mercado. Ser uma das premiadas naquele programa nos trouxe visibilidade e credibilidade, fortalecendo nossa posição no mercado. Somado a isso, o apoio de entidades como ACATE e demais parceiros do ecossistema de inovação criaram condições para o amadurecimento do nosso projeto de internacionalização”, finaliza.

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Aldo Cargnelutti é editor na Rede Brasil Inovador.

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