Encontro ocorreu no auditório do estande do governo, no Pavilhão Internacional - Foto: Gustavo Mansur/Ascom Expointer

Painel Diálogos Energia e Futuro na Expointer inicia com o tema descarbonização

Setor agrícola participa deste processo com a adoção da agricultura de baixo carbono

O debate em torno do tema descarbonização movimentou a Expointer logo cedo nesta segunda-feira (1°/9). No auditório do estande do governo, no Pavilhão Internacional, ocorreu o primeiro painel do ciclo Diálogos Energia e Futuro, organizado pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e Secretaria da Casa Civil. Os encontros serão realizados até sábado (6), cada dia com um assunto.

Reunindo governo do Estado, entidade da agricultura e empresa do setor de energia, o primeiro dia teve a mediação da titular da Sema, Marjorie Kauffmann. Na abertura, ela destacou que a descarbonização nas cadeias produtivas é vista pela questão de custos, mas o objetivo é transformar esse custo em oportunidade. A secretária citou o Plano de Descarbonização do governo, com metas claras sobre onde se quer chegar. A iniciativa, lançada em junho deste ano, está diretamente conectada ao Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável.

Dentro da proposta de descarbonização, o hidrogênio verde e as ações do governo do Estado nesse sentido foram detalhadas pelo secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos. No mês passado, o Estado divulgou as 12 empresas aptas a receberem subvenção econômica, num programa total de R$ 102,4 milhões, para investimentos em projetos com o novo vetor energético. A finalidade é usar recursos públicos para alavancar o setor e tornar o custo do hidrogênio verde competitivo.

Políticas públicas exigem um tempo de maturação

Conforme o secretário, políticas públicas exigem um tempo de maturação. Como exemplo, citou a política de biogás e biometano, que começou a ser elaborada em 2015 e cujos resultados, com a inauguração da primeira planta, estão sendo colhidos dez anos depois. “Não há um insumo energético suficiente ou que seja a solução para todos os investimentos”, comnetou, destacando que é preciso identificar o percentual de cada um para garantir segurança a investidores e à sociedade.

Na sequência, a diretora de Relacionamento com Grandes Clientes e Novas Soluções da Eletrobras, Virginia Fernandes Feitosa, informou que a empresa tem uma planta piloto de hidrogênio verde no interior de Goiás. Em razão dos bons resultados alcançados na primeira fase de pesquisa e desenvolvimento, começou a segunda para a produção de hidrogênio voltado ao carregamento de baterias de ônibus, o que vem dando mais agilidade ao processo de abastecimento dos veículos.

Sobre o custo inicial mais elevado de uma nova fonte de energia, Virginia traçou um paralelo com a solar e a eólica, cujos valores caíram com o desenvolvimento da cadeia produtiva. “Vamos passar por isso também na cadeia do hidrogênio verde, mas a gente precisa começar”, acrescentou.

Objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa

A participação do setor primário na descarbonização foi apresentada no painel pelo vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Domingos Velho Lopes. “O setor está 100% incluído e é protagonista dessa pauta”, afirmou. Conforme o dirigente, a agricultura de baixo carbono, visa reduzir a emissão de gases de efeito estufa, tem o Rio Grande do Sul e o Brasil como referências mundiais. “São práticas usuais dos produtores rurais”, concluiu.

Ainda de acordo com o vice-presidente da Farsul, há oportunidades para o setor na produção de biocombustíveis nos mercados naval e aéreo e no desenvolvimento de fertilizantes verdes. A tendência de aumento na produção de grãos, como o milho, impulsionará a demanda por nitrogênio, abrindo um mercado estratégico para a amônia verde.

Ao final do evento, a secretária Marjorie Kauffmann destacou que promover, na Expointer, uma série de diálogos sobre energia e futuro com representantes de diferentes setores é fundamental para transformar desafios em oportunidades. “Esses debates nos permitem construir caminhos consistentes, capazes de agregar valor às nossas cadeias produtivas e de posicionar o Rio Grande do Sul de forma estratégica diante das demandas nacionais e internacionais.”

O tema na terça-feira (2) será biometano. Começa às 9h, no estande do governo do Estado na Expointer.

Rede Brasil Inovador

Aldo Cargnelutti é editor na Rede Brasil Inovador. Estamos promovendo os ecossistemas de inovação, impulsionando negócios e acelerando o crescimento econômico. Participe!

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