A Mercopar 2025, maior feira de inovação industrial da América Latina, promete ser um ambiente estratégico para mostrar o presente e o futuro da indústria brasileira, de 14 a 17 de outubro, em Caxias do Sul (RS). Realizada pelo Sebrae e pelo Sistema FIERGS, a 34ª edição da feira destaca tecnologias digitais como motor de produtividade, competitividade e integração entre grandes e pequenos players. O evento reunirá algumas das principais autoridades do país no setor e contará com a presença do presidente do Sebrae, Décio Lima, que estará na abertura oficial, no dia 14, a partir das 11h30h, no Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva.
Entre os destaques do evento está a Indústria 4.0, que inclui tecnologias como internet das coisas (IoT), inteligência artificial, análise de big data, computação em nuvem, robótica, automação avançada, manutenção preditiva (essencial para aumento da eficiência das máquinas), metaverso industrial ou “gêmeos digitais” (que amplia a capacidade de gestão remota), realidade aumentada, sensores que conectam o chão de fábrica ao planejamento estratégico (que viabilizam decisões mais rápidas, precisas e orientadas por dados) e muito mais.
Nesse contexto, as Rodadas de Negócios são o carro-chefe da feira, com as tradicionais, reversas e de inovação aberta, além de encontro de negócios de empresas com grandes montadoras como BYD, Renault, Ford e Hyundai. E a própria feira também terá uma ferramenta de IA para conectar empresas e impulsionar negócios – o serviço Smart Match, que fará o cruzamento de dados e informações para indicar via WhatsApp os melhores parceiros de negócios entre os visitantes que estarão no evento. O objetivo é gerar 38 mil conexões.
A relevância da inovação para o fechamento de negócios é sustentada por dados. Pesquisa realizada pelo Sebrae mostra que o uso da inteligência artificial (IA) já é uma realidade para 80% dos pequenos empreendedores brasileiros. E segundo o levantamento, 8 em cada 10 já usaram GPS, 77% dizem que já tiveram alguma experiência com programas de reconhecimento facial, 56% já utilizaram assistentes virtuais e 52% disseram usar aplicativos que melhoram a qualidade de imagens.
Nesse universo, o Sebrae também identificou o uso de outras ferramentas de IA, como Chat GPT, Deep Seek, Copilot, Gemini e outros de textos generativos (51%); de ferramentas digitais de geração de imagem (44%); de chatbots com robôs no WhatsApp (41%); de chatbots de vendas (30%); de dispositivos inteligentes que controlam luz, temperatura e outros aspectos da empresa (22%); de eletrodomésticos inteligentes (21%); e de bate-papo com robôs que tiram dúvidas financeiras (20%).
Por porte, no Brasil, as EPPs são as que mais confirmam espontaneamente já ter feito uso de IA (65%), contra 35% dos MEIs. Por setor, as empresas de serviços são as que mais afirmam fazer uso de IA (49%); e a indústria o menor uso (32%).
Quase metade dos empreendimentos (47%) utilizam aplicativos, softwares ou programas “integrativos”, ou seja, que ajudam a gerir todas (ou quase todas) as atividades. As EPPs (78%) e os pequenos negócios do comércio (53%) são os segmentos com os maiores índices de empresas com softwares/programas/aplicativos integrativos. O estudo mostra ainda que a Região Sul é a que tem a maior proporção de empresas com aplicativos integrativos (49%), puxado pelo RS (52%).
