A internacionalização dos pequenos negócios foi tema da Arena Exportação na Mercopar 2025, em Caxias do Sul (RS). O painel reuniu especialistas e empresários para discutir o papel da exportação e as oportunidades para micro e pequenas empresas ampliarem sua presença no mercado global. Durante o bate-papo, foram apresentadas experiências práticas sobre como levar produtos locais para o mercado internacional. O encontro aconteceu no último dia (17/10) da maior feira de inovação industrial da América Latina, realizada pelo Sebrae RS e pelo Sistema FIERGS em Caxias do Sul.
Lucas Cardoso, diretor comercial da Interlink, destacou que o momento é de ampliar horizontes e derrubar barreiras. “O intuito aqui é falar sobre o papel da exportação dentro da economia gaúcha, mostrando como operacionalizar esse processo e atingir mercados como o Mercosul e outros países do globo”, explicou.
Segundo ele, a Interlink, especializada em transporte internacional, tem visto um espaço promissor para os produtos gaúchos, especialmente diante dos desafios recentes enfrentados pelos Estados Unidos. “O Mercosul é um grande mercado próximo, e há certificações que podem agilizar e profissionalizar ainda mais o processo de exportação”, completou.
Um dos cases apresentados foi o do venezuelano David Rivillo, doutor em química e criador da marca David Rivillo Pasta Design, em Porto Alegre. Suas massas artesanais, verdadeiras obras de arte com padrões geométricos e cores vibrantes, já conquistaram chefs e consumidores em mais de 30 países. “Começamos na pandemia, sem intenção de vender. As pessoas começaram a pedir pelo Instagram, inclusive de fora do país. Hoje exportamos principalmente para os Estados Unidos e Europa”, contou o empreendedor.
O diretor técnico do Sebrae RS, Ariel Berti, reforçou a relevância do tema dentro do contexto da feira. “Nós temos um espaço muito grande de crescimento para a exportação. As micro e pequenas empresas representam 40% das exportadoras do Brasil, mas apenas 0,8% do valor total exportado. Isso mostra que há um potencial enorme de expansão”, afirmou.
Para Berti, discutir exportação na Mercopar é estratégico, já que o evento é um dos maiores pontos de conexão empresarial da América Latina. “A Mercopar é sobre conexões. E a exportação é, em essência, uma grande conexão entre o que produzimos aqui e o que o mundo busca lá fora. É o tipo de ponte que queremos ajudar as empresas a atravessarem”, completou.