Susana Kakuta e Márcio Port foram painelistas do Mapa de Porto Alegre. Tânia Meinerz/JC

JC: encerramento do Mapa em 2025 reforça importância da educação e inovação

Cerca de 300 lideranças se reuniram na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), nesta quinta-feira (6), para o encerramento da terceira temporada do Mapa Econômico do RS. Um dos assuntos mais comentados foi o papel da educação na geração de riqueza.

Diretora do Sesi, Senai e IEL-RS, Susana Kakuta foi painelista ao lado de Márcio Port, presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste. Para ela, educação é a base do processo de inovação. “Infelizmente, nosso Estado tem um índice de evasão no Ensino Médio de 12%”, lembrou. Nas escolas das instituições que ela representa, é feito um trabalho pensando no futuro. “Preparamos recursos humanos para gerar PIB, uma educação voltada para o mundo do trabalho”, explicou.

Susana frisou, ainda, que falar em desenvolvimento passa por uma indústria forte. Ela também criticou programas sociais, como o Bolsa Família. “Esse programa tem que ter uma porta de saída. E a saída é a cidadania, ter teus próprios recursos para sustentar a família”, justificou. Port falou sobre o setor do cooperativismo e contou que a Sicredi está entre os 20 maiores empregadores do País. Ele disse acreditar na proximidade com os associados.

“Não é o digital que faz a diferença. Quem apoia o produtor lá na ponta é a agência física. Temos preocupação grande com empreendedorismo, somos parceiro do Sebrae e da Emater”, exemplificou. Port também abordou o agronegócio. “A taxa de juros passa dos 20%. O produtor rural não tem subsídio. Temos que ter a clareza do quanto nós, em Porto Alegre, dependemos do agro. Não vejo essa conscientização”, enfatizou.

O evento que encerra a temporada de 2025 foi aberto pelo diretor-presidente do JC, Giovanni Jarros Tumelero. O executivo enxerga um novo ciclo de desenvolvimento na Região Metropolitana.

Guilherme Kolling, editor-chefe do JC, fez um compilado dos dados obtidos pelo Mapa ao longo dos últimos meses. Ao apresentar os dados sobre o PIB gaúcho, mostrou que em todas as regiões foram identificados os seguintes desafios: infraestrutura, falta de mão de obra e os efeitos dos eventos climáticos. “Irrigação é uma das oportunidades identificadas”, sublinhou, acrescentando que a economia do RS está em transformação em inovação e sustentabilidade.

Entre os presentes na plateia, estavam nomes de peso do empresariado gaúcho, como Jorge Gerdau Johannpeter e Julio Mottin. Claudio Bier, presidente da Fiergs e anfitrião do evento na Capital, elogiou o projeto do JC. “Iniciativas como esta são fundamentais pois servem para dar luz às ações de cada região do nosso Estado. Ir onde está a produção, quem trabalha, é muito importante, é fundamental para que possamos tentar ajudar. Conhecer cada território é o primeiro passo para o desenvolvimento”, afirmou.

Também falaram no palco o deputado federal Luciano Zucco, a secretária de desenvolvimento econômico, Fernanda Barth, e o engenheiro e assessor técnico da presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado (Crea-RS), Matheus Borges.

O evento desta quinta discutiu os desafios e as oportunidades ao desenvolvimento econômico das Regiões Metropolitana, Vale do Sinos e Litoral Norte.

Mauro Belo Schneider
Editor-executivo

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