Na abertura do evento, a diretora de Administração e Finanças, Elisabeth Braga, ressaltou que o edital da FIOL II foi estruturado de forma a dar segurança e previsibilidade ao mercado. Créditos: Jeff D'avila

Infra assume responsabilidades ambientais em obras de trecho da FIOL II, na Bahia

Com recursos garantidos pelo PAC e apoio da Casa Civil, edital de R$ 507 milhões reforça transparência, inovação e segurança jurídica para destravar obra estratégica da FIOL II

Em uma nova abordagem que busca acelerar a entrega da obra e garantir a segurança do projeto, a Infra S.A. assumirá todas as responsabilidades ambientais e fundiárias do trecho de de 35,75 km da Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL II). A medida, prevista no edital foi reforçada durante o evento Café com Mercado, evento realizado nesta sexta (12) que detalhou os documentos de contratação das obras de R$ 507,1 milhões para a construção da ferrovia, entre os municípios de Guanambi e Caetité, na Bahia.

“Trabalhamos em um modelo transparente, com regras claras e matriz de riscos bem definida, o que garante maior equilíbrio entre o poder público e a iniciativa privada”, explicou. Para ela, a iniciativa consolida a confiança dos investidores. Esse é um projeto estratégico não apenas para a logística nacional, mas também para o desenvolvimento regional. Temos a convicção de que será um marco para o setor ferroviário brasileiro”, completou.

O diretor de Empreendimentos, André Ludolfo, ressaltou que o edital da FIOL II é fruto de um processo inovador e marca um avanço no padrão de governança da estatal.

“Fazemos questão de realizar mais um Café com Mercado justamente para aproximar os interessados das nossas demandas e dar total transparência às condições do edital. Este projeto representa um marco de engenharia, ao destravar um trecho que aguardava solução há mais de uma década, e também um marco de inovação, ao adotar pela primeira vez a precificação de risco em obras da empresa, alinhada às melhores práticas e às recomendações dos órgãos de controle”, afirmou.

Ele reforçou ainda o caráter estratégico da ferrovia. “A FIOL II é um empreendimento prioritário do PAC, com apoio direto do Ministério dos Transportes e da Casa Civil, e demonstra a relevância do projeto não apenas para a Infra S.A., mas para todo o Brasil”, completou.

Aspectos técnicos do edital

Apresentando as particularidades do Lote 5FC, dividido em dois segmentos com características distintas, o superintendente de Projetos e Custos, Sérgio Nunes de Faria, destacou que o orçamento elevado da obra se explica pela geologia da região, pela necessidade de viadutos e pela proximidade com a barragem. “É uma obra de alta complexidade, mas essencial para a logística nacional”, observou.

Inovação e previsibilidade na gestão de riscos

O superintendente adjunto de Desenvolvimento de Empreendimentos, Frederico Delmonico Ramos, frisou que a Infra S.A. adotou um modelo inovador de matriz de riscos, resultado de estudos detalhados com base em milhares de simulações estatísticas. Segundo ele, a metodologia permite antecipar cenários e atribuir responsabilidades de forma clara entre contratante e contratada, garantindo maior previsibilidade e eficiência no andamento da obra.

“Isso reforça o compromisso da Infra com a boa prática de gestão de obras públicas, evitando surpresas no meio do caminho. É um passo fundamental para garantir que a FIOL II avance dentro dos prazos e com a robustez que um corredor logístico dessa importância exige”, afirmou

Responsabilidade socioambiental e fundiária

O superintendente de Gestão Ambiental e Territorial, Bruno Marques dos Santos Silva, enfatizou durante sua apresentação, que a decisão da Infra S.A. de assumir integralmente as responsabilidades ambientais e fundiárias marca um divisor de águas no modelo de contratação. Ele destacou que o novo traçado foi pensado para reduzir riscos à comunidade local, sobretudo em relação à Barragem de Ceraíma, e garantir segurança hídrica para milhares de pessoas.

“Assumir as obrigações ambientais e fundiárias é um gesto de responsabilidade e de respeito com a sociedade. O redesenho do traçado da ferrovia foi feito para preservar vidas e proteger o reservatório de Ceraíma, demonstrando que desenvolvimento e sustentabilidade podem caminhar juntos. Estamos entregando um edital que dá tranquilidade às empresas interessadas e, ao mesmo tempo, assegura que a obra avance de forma equilibrada, transparente e socialmente responsável”, pontuou.

Presente no evento representando a Casa Civil, Johnny Lopes, secretário substituto da Sepac, reforçou a prioridade da obra, destacando que a FIOL II é a obra ferroviária mais estratégica do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Nosso papel, na Casa Civil, é assegurar o fluxo de recursos para que o cronograma seja cumprido. Esse projeto é emblemático para o Brasil e decisivo para a integração logística do país”, declarou.

Com atuação em Brasília e São Paulo, o empresário Mauro Hueb, CEO da Brasil Concessões e Infraestrutura S.A (BCI), destacou o potencial do edital para o setor de engenharia e para o desenvolvimento nacional. “Empresas de engenharia vivem de grandes obras, e esta é uma obra espetacular, bastante desafiadora do ponto de vista técnico e tecnológico, exatamente aquilo que o setor necessita para sobreviver. Estamos muito motivados com esse projeto”, afirmou.

Ele também elogiou o modelo do certame. “O edital está muito bem elaborado, com a matriz de riscos bem definida, o que aumenta as chances de sucesso dessa nova modelagem”, avaliou.

FIOL

A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) é um projeto ferroviário em construção que visa integrar a região oeste da Bahia ao litoral, facilitando o escoamento da produção agrícola e mineral. O empreendimento faz parte do Plano Nacional de Logística e Transportes e conecta-se à Ferrovia Norte-Sul e a outros modais, ampliando a competitividade brasileira e promovendo desenvolvimento sustentável.

Rota Bioceânica

O projeto da FIOL prevê a conexão com a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), na cidade goiana de Mara Rosa. O traçado faz parte da ferrovia bioceânica, para unir o Atlântico ao Pacífico — do Porto de Ilhéus ao Porto de Chancay, no Peru – abrindo um novo eixo comercial com os países andinos e a Ásia. O projeto consta no Plano Plurianual (PPA) 2024/2027 e tem dotação orçamentária garantida.

Rede Brasil Inovador

Aldo Cargnelutti é editor na Rede Brasil Inovador. Estamos promovendo os ecossistemas de inovação, impulsionando negócios e acelerando o crescimento econômico. Participe!

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