As operações de ambas as empresas serão unificadas sob o nome da Gennera, impactando atualmente mais de mil instituições de ensino, que somam cerca de 500 mil matrículas ativas e R$ 3 bilhões em transações financeiras estimadas para 2026. A partir da fusão, o grupo terá dois sistemas para gestão educacional: o Gennera One e a solução QI.
“Existem mais de 150 empresas de ERPs acadêmico em operação no país, mas poucas com tecnologia atualizada, escala e capacidade de investimento”, afirma o CEO da Gennera, Paulo Sponchiado em entrevista à InfoMoney. “A fusão entre Gennera e QI Solution responde a esse cenário com uma proposta de consolidação nacional, reunindo expertise, estrutura e portfólio sob uma mesma estratégia, isso é inédito nesta vertical, sabemos das dificuldades e riscos, mas conhecemos do negócio.”
Os sistemas para gestão em instituições de ensino vão além do foco operacional e regulatório, atendendo também a demandas específicas da educação formal, como matrícula digital, comunicação com famílias, gestão pedagógica, cobrança automatizada, relatórios educacionais e integração com plataformas de conteúdo. A Gennera mantém integração com ERPs de mercado e mais de 25 edtechs parceiras, sendo conexões que reforçam a especialização de suas soluções.
Para o futuro, a catarinense pretende realizar novas aquisições e captar investimentos visando sustentar o crescimento. Outra meta da empresa é expandir a atuação nacional para além dos estados em que já possui clientes, entre eles Santa Catarina, Bahia, Piauí e Distrito Federal. O segmento brasileiro tem 42 mil escolas de ensino básico e aproximadamente 2,2 mil de ensino superior.
“Esse ecossistema vem passando por mudanças estruturais, com foco crescente em eficiência operacional, digitalização de processos e sustentabilidade financeira”, diz Sponchiado. A Gennera é uma das participantes da Vertical EdTech da ACATE – grupo de empresas catarinenses de tecnologia que desenvolvem e comercializam soluções inovadoras para instituições de ensino e de educação corporativa.
Para Gabriel Barreto, ex-CEO da QI Solution e agora vice-presidente do Grupo Gennera, o sistema educacional brasileiro é historicamente pouco preparado nos setores administrativos e de gerenciamento, embora o cenário esteja mudando. A expectativa é que a fusão gere contribuições positivas para as escolas e universidades do Brasil.
*Com informações de InfoMoney.