Painelistas mostraram alternativas. Foto: divulgação

Evento na ACI apresenta potenciais novos mercados para exportadores brasileiros

Em tempos de tarifaço norte-americano sobre produtos brasileiros, nada mais apropriado do que buscar alternativas de mercado para quem atua no comércio exterior. E foi justamente essa a proposta do painel “Mundo em Negócio”, realizado ontem, dia 7, no auditório da ACI. O foco da ação foi apresentar oportunidades estratégicas para empresas que desejam investir ou expandir suas operações no mercado internacional.

Fauston Saraiva, diretor da ACI, fez a abertura do encontro e reforçou a importância de se encontrar soluções práticas diante dos desafios que surgem. “Dentro desse escopo, nunca foi tão importante a união e a presença de entidades representativas para potencializar soluções em conjunto”, enfatizou, lembrando que a ACI obteve importantes vitórias em pleitos levados a Brasília no dia 23. (Para saber mais, clique AQUI).

O painel “Mundo em Negócio” teve a moderação da vice-presidente do Comitê de Internacionalização da ACI, Sheila Bonne. “O mundo é muito grande, mas precisamos de informações para escolher as melhores alternativas. E este evento tem exatamente esse objetivo: oferecer acesso a dados sobre potenciais mercados e gerar conexões”, ressaltou.

Os palestrantes foram Everson Oppermann, presidente de honra da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul; Roger Maciel de Oliveira, presidente nacional da Câmara de Comércio Brasil-Paraguai; e Fábio Freitas Ciocca e Leandro Cezimbra, presidente e vice-presidente da Câmara Empresarial Argentino-Brasileira, respectivamente. Participaram online do painel Luísa Hadres, analista de negócios da Câmara Internacional de Negócios (CIN) e agente de negócios da Câmara Chinesa de Comércio do Brasil (CCCB); e Marcus Vinicius, gerente de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.

China

Um mercado consumidor gigante e parceiros capazes de produzir ou fornecer em escala incomparável são os principais atrativos para quem pretende firmar parcerias com empresas da China — um dos mercados em destaque no trabalho desenvolvido pela Câmara Internacional de Negócios (CIN). Luísa Hadres, analista de negócios da CIN e também agente de negócios da Câmara Chinesa de Comércio do Brasil (CCCB), explicou que a CIN tem como objetivos promover, representar, facilitar e dar acesso a diversos mercados. “Colocamos a mão na massa e damos suporte para facilitar acordos e parcerias”, afirmou.

Além do Brasil, a CIN conta com escritórios na Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, China, Estados Unidos, França, Guatemala, Holanda, Moçambique, Portugal, Reino Unido e Rússia. Luísa destacou ainda que a Câmara oferece estudos de mercado e orientações detalhadas para parceiros internacionais. “Analisamos e ofertamos o melhor mercado para o empresário”, reforçou.

A instituição atua em áreas como câmbio e financiamento, tradução, logística, assuntos regulatórios, viagens e vistos, jurídico, missões e feiras internacionais, estudos de mercado, pesquisa de idoneidade, visitas técnicas e inspeção de cargas, prospecção e mapeamento de parceiros e intermediação de negócios. “Não nos limitamos ao networking. Construímos soluções personalizadas”, complementou.

Participações em feiras, missões empresariais e capacitações — por meio de webinares e cursos — também fazem parte do escopo da CIN, que mantém câmaras com Rússia, China, África do Sul, Guatemala, Moçambique, Austrália, Colômbia e Marrocos. Canadá, Indonésia e Índia enquadram-se na categoria de câmaras parceiras. “Auxiliamos desde a abertura de uma empresa até questões do dia a dia do empreendedor. O mundo é muito vasto e cheio de possibilidades, e queremos ser uma alternativa”, concluiu.

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Paraguai

A apresentação de Roger Maciel, presidente nacional da Câmara de Comércio Brasil-Paraguai (CCBP), destacou o papel estratégico da entidade como elo entre empresários, investidores e governos dos dois países. A CCBP atua em diversas frentes, promovendo capacitações, missões comerciais, publicações e eventos que fortalecem o ambiente de negócios. Com escritórios em cidades como Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Ciudad del Este, a instituição tem se consolidado como uma ponte ativa no fortalecimento das relações econômicas bilaterais.

Entre os principais serviços oferecidos pela CCBP estão o apoio documental a empresas, estudos de viabilidade de investimentos, assessoria em importação e exportação, pesquisas de mercado e a organização de missões comerciais. Maciel destacou especialmente o Regime de Maquila, que permite que empresas estrangeiras operem no Paraguai com benefícios fiscais expressivos, incluindo imposto único de 1%, isenção de tarifas de importação e recuperação de crédito fiscal. O modelo tem atraído empresas brasileiras interessadas em reduzir custos produtivos e ampliar a competitividade internacional.

Com uma economia jovem, infraestrutura em expansão e energia abundante e barata, o Paraguai se posiciona como um polo estratégico no centro da América do Sul. O país apresenta taxas crescentes de alfabetização e urbanização, além de um ambiente de negócios estável e propício à industrialização. Roger Maciel concluiu reforçando que investir no Paraguai significa participar de um ecossistema integrado e favorável à inovação e à geração de riqueza compartilhada entre nações parceiras.

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Alemanha

A relação histórica do Vale do Sinos com a Alemanha é um dos diferenciais apontados por Everson Oppermann, presidente de honra da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul (AHK/RS). Berço da colonização alemã no Brasil, a região tem tradição em operar com a maior potência econômica europeia.

A rede mundial de AHKs (Auslands Handels Kammer, em alemão) conta com 150 escritórios em 93 países. Presente no Brasil há 108 anos e no Rio Grande do Sul há 70, a AHK tem matriz em Berlim e 80 escritórios internos na Alemanha, denominados IHKs. “Nossa cultura é a de que só pode haver desenvolvimento se todos crescerem juntos”, afirmou Oppermann.

Entre os serviços do departamento de Relações Internacionais destacam-se a pesquisa de endereços — em que o cliente define critérios e são coletados os dados necessários —, a intermediação de parcerias e os estudos de mercado específicos.

O potencial do país pode ser traduzido em números: 4ª maior corrente de comércio do Brasil (US$ 19,07 bilhões em 2022), 11º maior destino das exportações brasileiras (US$ 6,26 bilhões em 2022) e 4ª maior origem das importações (US$ 12,8 bilhões em 2022). Os investimentos diretos alemães no Brasil totalizam cerca de € 18 bilhões.

As empresas alemãs no Brasil somam mais de mil empreendimentos, que geram 250 mil empregos e respondem por 10% do PIB industrial brasileiro. Os setores de indústria 4.0, agronegócio, digitalização, desenvolvimento urbano, economia circular, e-mobility, inteligência artificial e energias renováveis foram apontados como os de maior potencial.

A AHK realiza a intermediação com o órgão alemão GTAI, entidade pública que fomenta projetos de investimento na Alemanha. O GTAI auxilia e orienta empresas interessadas em expandir seus negócios no país, indicando as melhores regiões para instalação e prestando apoio em questões burocráticas — sem custo para o serviço.

Por fim, Oppermann destacou o Acordo Mercosul–União Europeia, que deve ser formalizado em breve e abrirá um leque de oportunidades para ambos os blocos, com a eliminação de tarifas e a redução da burocracia. Juntos, os dois blocos somam mais de 750 milhões de habitantes e um PIB superior a US$ 24 trilhões — cerca de 20% do total mundial.

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Argentina

O painel sobre a Argentina, conduzido por Fábio Freitas Ciocca e Leandro Villela Cezimbra, apresentou uma visão ampla das oportunidades e desafios do país vizinho no contexto do comércio bilateral com o Brasil. A Câmara Empresarial Argentino-Brasileira do Rio Grande do Sul (CEAB/RS), criada em 2019 com apoio do Consulado-Geral da Argentina em Porto Alegre, atua na promoção de negócios, integração cultural e tecnológica, além de facilitar investimentos e relações institucionais.

Os palestrantes destacaram que o atual cenário argentino é de retomada e abertura. O governo tem buscado reduzir barreiras ao comércio exterior, estabilizar a inflação e restabelecer fluxos de pagamento, criando um ambiente mais atrativo para investidores estrangeiros. Foram apresentadas as principais formas jurídicas para entrada no mercado argentino — como filiais, sociedades anônimas, sociedades limitadas e joint ventures —, além das vantagens das zonas francas e dos regimes especiais de investimento.

Com fronteiras estratégicas e intensa circulação comercial, especialmente nos eixos Uruguaiana–Paso de los Libres e São Borja–Santo Tomé, a Argentina mantém-se como um dos parceiros comerciais mais relevantes do Brasil. Ciocca e Cezimbra ressaltaram que, além da proximidade geográfica, há um horizonte de cooperação baseado em complementariedades econômicas e culturais. A mensagem final foi de otimismo e integração: fortalecer o comércio bilateral significa ampliar horizontes, gerar emprego e consolidar uma América do Sul mais competitiva e conectada.

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Mais informações: contato@ceab-rs.com.br

Países Árabes

O encerramento do painel ficou a cargo de Marcus Vinicius, gerente de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB). Com mais de 73 anos de atuação no Brasil, a entidade abrange 22 países, com população estimada em quase 500 milhões de pessoas e PIB superior a US$ 3,6 trilhões.

Fazem parte da CCAB: Argélia, Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Comores, Djibuti, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Omã, Palestina, Síria, Somália, Sudão e Tunísia.

A economia do bloco tem como destaques as indústrias de petróleo e gás, construção, agricultura, turismo e manufatura. “Um mercado potencial para os produtos brasileiros é o de alimentos, pois 50% do que é consumido na região é oriundo de importações”, detalhou Vinicius. Cinco países — Emirados Árabes Unidos, Egito, Arábia Saudita, Argélia e Marrocos — respondem por mais de 60% do consumo da região.

O bloco também se destaca por ser uma porta de entrada para a África, Ásia e Europa, devido à posição geográfica privilegiada e aos acordos com esses continentes. “Contamos com uma logística diferenciada, com destaque para o Canal de Suez, comandado pelo Egito, e as zonas francas dos países, que somam mais de 150 unidades”, completou.

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Patrocínio: Conexo  e Sicredi Pioneira

Apoio institucional: Multi Armazéns

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