Iniciativa chega à sexta edição e tem o objetivo de capacitar estudantes de Medicina, unindo conhecimentos de saúde, inovação, pesquisa, gestão e negócios; inscrições vão até 08 de janeiro. Foto: divulgação
Aproximar estudantes de medicina da vanguarda da inovação e pesquisa em saúde e gerar projetos inovadores, impactando áreas como gestão de risco populacional, aumento da pertinência clínica e identificação de riscos à saúde. Esse é o objetivo do Programa Jovens Médicos Inovadores e Pesquisadores, desenvolvido pela Dasa – líder em medicina diagnóstica no Brasil – e que agora conta também com a parceria da Afya, o maior ecossistema de educação e soluções para a prática médica no país.
Os estudantes têm a oportunidade de desenvolver projetos reais em parceria com startups, utilizando tecnologias de ponta, seguindo normas de pesquisa científica e a LGPD. “O programa é uma grande oportunidade para que os estudantes de Medicina vivenciem diferentes frentes do setor, com acesso a dados, tecnologia, pesquisa e inovação. Essa jornada traz uma nova visão para a carreira que escolheram, proporcionando experiência de vanguarda via prática e mentoria”, afirma Victor Gadelha, Superintendente de Pesquisa Clínica e Solução de Dados, da Dasa.
Voltado a alunos de todas as instituições de ensino em Medicina, do 4º ao 12º período, o projeto será realizado entre fevereiro e novembro de 2026 e contará com carga horária de até quatro horas semanais, divididas em duas aulas mensais, ministradas por executivos de ambas as empresas. As atividades serão conduzidas de forma majoritariamente online, com um encontro presencial voltado a networking e aprofundamento das experiências.
Os oito participantes selecionados poderão escolher entre duas trilhas estratégicas: a Trilha Dasa, com foco em Pesquisa Clínica e Solução de Dados, e a Trilha Afya, voltada à Inovação e ao Empreendedorismo em Saúde. A iniciativa inclui mentorias personalizadas e atividades práticas que conectam os estudantes aos desafios reais do setor, com possibilidade de reconhecimento como extensão universitária, conforme as regras de cada instituição de ensino.
“Durante o programa, os estudantes terão a oportunidade de desenvolver um projeto completo, do início ao fim, com o apoio de mentores das instituições. Para finalizar, os participantes apresentarão um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), consolidando os aprendizados e práticas adquiridos”, reforça Raphael Federicci Haddad, líder do programa e head de Solução de Dados e Evidências de Mundo Real.
Transformando trajetórias
O impacto do programa é visível em profissionais de ponta, como João Vitor Innecco Arêas, que esteve na edição de 2021 e hoje é CEO e Fundador da Marisa.Care. A healthtech mineira desenvolveu um ecossistema de soluções de Inteligência Artificial que automatiza o contato com pacientes, organiza dados clínicos para identificar riscos e reúne tudo em painéis estratégicos que tornam a jornada mais fluida, rápida e integrada. Recentemente, a startup recebeu um investimento de R$ 8 milhões, liderado pelo Corporate Venture Capital da Afya.
“A experiência no Programa impactou minha carreira nos anos seguintes, tanto na área médica quanto nos negócios do setor. Claro que é essencial para um médico ter uma formação clínica adequada, que nunca termina. Mas, para empreender, é preciso também conhecer os mecanismos de administração e buscar se aprimorar sempre. O programa da Dasa me proporcionou as duas experiências, já que a empresa é líder em medicina diagnóstica no Brasil e tem um corpo médico reconhecido internacionalmente”, conta Arêas.
Após participar do programa, o executivo trabalhou na própria Dasa, inicialmente como consultor médico e depois como coordenador de Inovação em Healthcare. Nos anos seguintes, ocupou cargos de liderança em importantes organizações, como o Incor Minas.
O médico Eduardo Moura, diretor do Research and Innovation Center da Afya, também destaca a relevância do programa para a formação médica atual. “Formar médicos para o futuro da saúde significa ir além da prática clínica tradicional. Programas como este mostram que o médico pode ser também pesquisador, inovador e empreendedor, capaz de criar soluções reais que impactam o sistema de saúde. A Afya acredita que essa integração entre educação, tecnologia e inovação é o que molda os profissionais que transformarão o país”, ressalta Moura, que, durante a graduação, desenvolveu, junto com dois colegas de faculdade, o aplicativo Whitebook, incorporado posteriormente pela Afya e atualmente utilizado por 80% dos médicos recém-formados do país.
As inscrições para a 6ª edição do programa estão abertas e vão até o dia 08/01/2026, pelo site Link
Falta de formação em gestão, inovação e saúde digital entre médicos brasileiros
Embora a formação clínica seja essencial, diferentes levantamentos mostram que parte significativa dos médicos brasileiros ainda tem pouco acesso a capacitações em gestão, inovação e saúde digital — áreas que já fazem parte do cotidiano do setor. Segundo a pesquisa TIC Saúde 2024, conduzida pelo Cetic.br (NIC.br), apenas 23% dos profissionais de saúde receberam algum tipo de capacitação em informática aplicada à saúde no último ano, revelando um descompasso entre a adoção crescente de tecnologia e a preparação dos profissionais para utilizá-la de forma qualificada1.
Além disso, a Demografia Médica 2025, publicada em parceria entre o Ministério da Saúde, AMB e FMUSP, mostra que mais de 244 mil médicos no Brasil seguem atuando sem formação especializada formal — cenário que reforça a diversidade de trajetórias profissionais e evidencia a necessidade de programas que complementem lacunas formativas, sobretudo nas áreas de gestão, tecnologia e modelos inovadores de cuidado2.
Ao integrar dados, tecnologia, visão de negócio e prática clínica, iniciativas como o Programa Jovens Médicos Inovadores e Pesquisadores ajudam a suprir esse espaço, oferecendo aos estudantes experiências reais que ampliam sua compreensão sobre gestão, inovação e novas possibilidades de carreira.
Referências:
- TIC Saúde 2025: Estabelecimentos de saúde brasileiros avançam na digitalização, mas habilidade em informática aplicada à área ainda é reduzida entre os profissionais do setor, revela pesquisa. Disponível em: https://cetic.br/noticia/estabelecimentos-de-saude-brasileiros-avancam-na-digitalizacao-mas-habilidade-em-informatica-aplicada-a-area-ainda-e-reduzida-entre-os-profissionais-do-setor-revela-pesquisa/. Acesso em: 01 dez. 2025.
- Unicamp Portal FCM: Desafios na formação de médicos especialistas no Brasil. Disponível em:https://portal.fcm.unicamp.br/artigo/desafios-na-formacao-de-medicos-especialistas-no-brasil/. Acesso em: 01 dez. 2025.
Sobre a Afya
A Afya, maior ecossistema de educação e soluções para a prática médica do Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior, 33 delas com cursos de Medicina e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde em todas as regiões do país. São 3.753 vagas de Medicina aprovadas pelo MEC e 3.643 vagas de Medicina em operação, com mais de 24 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da Medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de Medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil e “Valor 1000” (2021, 2023, 2024 e 2025) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do Pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em: www.afya.com.br e ir.afya.com.br.