Seleção dos negócios mais promissores do ecossistema de inovação chega à sua oitava edição
Por Rebecca Silva e Thomaz Gomes
Pequenas Empresas & Grandes Negócios divulga nesta terça-feira (21/10) as 100 Startups to Watch de 2025. Em sua oitava edição, a lista destaca as empresas de base tecnológica mais promissoras do país. O 100 STW tem como parceiros as consultorias EloGroup e Innovc. Neste ano, recebeu 1.955 inscrições e mobilizou 59 embaixadores de todo o Brasil.
As empresas foram avaliadas em grau de inovação, potencial de mercado, negócio e escalabilidade, equipe e maturidade da solução. “A curadoria funciona como um radar para investidores, empresas e [formuladores de] políticas públicas”, diz Camila Florentino, vice-presidente da Associação Brasileira de Startups (Abstartups).
Quase um terço dos negócios tem entre dois e quatro anos de existência. Empresas em estágio de escala ganharam, neste ano, mais espaço na lista final: 48 das selecionadas já estão nessa fase de crescimento mais acelerado, ante 38 em 2024.
O STW registrou 52% das 200 finalistas com pelo menos metade do quadro societário formado por pessoas que se declaram pretas, pardas, amarelas, mulheres, LGBTQI+ e/ou com deficiência. Na lista final, 48 das 100 têm esses marcadores. “É um sinal de que o ecossistema brasileiro começa a enxergar com mais clareza que inovação não pode ser construída a partir de uma única perspectiva”, afirma Alline Goulart, diretora de inovação da empresa de educação empreendedora Semente Negócios.
Em ano de COP30 no Brasil, setores como meio ambiente e impacto social estão entre os dez mais representados. “Muitos empreendedores perceberam que bioeconomia, inclusão social e novas cadeias produtivas são oportunidades reais de mercado”, opina Alexandre Mori, fundador do hub HuNIm.
A revista PEGN de outubro, que traz os detalhes das 100 Startups to Watch, está disponível nas bancas, no aplicativo Globo Mais e na edição digital do Valor.
O ecossistema brasileiro de startups vive um cenário “desafiador, mas repleto de oportunidades”, diz Maria Rita Spina Bueno, fundadora do Mulheres Investidoras Anjo (MIA) e membro do Conselho da Anjos do Brasil.
Depois de um recorde de investimentos em 2021, quando os empreendedores brasileiros captaram R$ 51,3 bilhões de fundos de capital de risco, de acordo com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), o mercado entrou no período que ficou conhecido como o “inverno das startups”. Pressionados pela combinação entre juros crescentes, inflação persistente e instabilidades no cenário geopolítico global, gestores de capital de risco locais e internacionais adotaram posturas mais conservadoras. Em dois anos, o total de aportes realizados caiu 85%, atingindo R$ 7,7 bilhões em 2023.
O movimento de altas e baixas formou uma nova dinâmica entre investidores e fundadores. Embora o montante tenha aumentado 17% em 2024, o número de rodadas caiu 46%. No balanço final, o volume de recursos disponíveis voltou a crescer, mas passou a haver maior rigor nas decisões.
“Além dos fatores macroeconômicos, muitos fundos não alcançaram as taxas de retorno projetadas para seus portfólios. A relação entre risco e rentabilidade se tornou menos atraente”, diz Carlos Gamboa, managing partner (sócio-diretor) da Fisher Venture Builder, de estruturação, financiamento e escala de novos negócios. “A indústria de venture capital ficou mais seletiva, sobretudo no que diz respeito a modelos que dependem de aportes sucessivos para prosperar.”
Para Bueno, o early stage – estágio inicial das startups, especialmente as que estão nas primeiras rodadas de captação – “já mostra recuperação, com retomada de investimentos e expectativas de volumes mais robustos para o ano que vem”.
Como os juros elevados ainda freiam o apetite por risco, modelos de negócio que conciliam escala e sustentabilidade financeira têm prioridade. “Startups que demonstrarem eficiência operacional e métricas consistentes estarão bem posicionadas quando o capital voltar com mais força”, afirma.
Veja a seguir as startups selecionadas na edição 2025 do 100 Startups to Watch, divididas por setor e em ordem alfabética:
Agronegócio
Agrosmart
Doroth
Revella
Zeit Soluções em Inteligência Artificial
Construção
FastBuilt
Educação
BeConfident
Edusense
Estuda.com
Lingopass
Energia
HAI – Hybrid AI
Protium Dynamics
Financeiro
Capital Empreendedor
Ume
Impacto social
Connecting Food
ESG Now
Food to Save
Perto Digital
Indústria
Anti-Algas Soluções Ambientais
Bioinfood
Biolinker
Biosab Leveduras
Harumi
Infinite Foundry
Noleak Defence
Nude.
NUU
Pix Force
Subiter
TerraNova – Controle Microbiológico
Trackfy
Yágua Tecnologia
Jurídico
InspireIP
Jusfy
Linte
Marketing e vendas
HubLocal
Manycontent
Mention
Yapoli
Meio ambiente
Alga
Carbon Free Brasil
T&D Sustentável
Tropiko
Vertown
Yattó
Saúde e bem-estar
Abraço
Bee Touch
Blindog
Brain4Care
Carefy
Covalenty
Eleve Science
Glia Innovation
Grupo AME
Guia da Alma
Kidopi
Lees Skincare
Neomed
Oncotag
Onkos Diagnósticos Moleculares
PBSF – Protecting Brains & Saving Futures
Petgenoma
Salvus Tecnologia
Shaped 3D
SYN Saúde
Warux Health
Weecaps
Seguros
Granto Seguros
Justos
Mutuus Seguros
Tech Trail Modelagem de Dados
Serviços
Arquiteto de Bolso – Upik
Loyalme
Regenera Moléculas do Mar
Tecnologia
A4 Solutions
Acaso
Avra
Cogtive
Dootax
Fiibo
Forza Composites
GreenPlat
IBBX
Jestor
Neowrk
NeuralMind
Nilo
ObraSoft
Octágora
Proffer
PX Data
TissueLabs
Unico Skill
Wehandle
Transporte e logística
Carteiro Amigo Express
Frota 162
SuperFrete
Synkar Autonomous
Varejo
Complete Magazine
Maloka
Twiggy