O termo foi assinado no dia 9 de abril, no primeiro dia do South Summit. O programa batizado de Cross Global Innovation nasce com o objetivo de facilitar a cooperação internacional e ampliar o protagonismo global do Estado. A iniciativa propõe o desenvolvimento de missões internacionais conjuntas, ações de soft landing para empresas estrangeiras, rodadas de negócios e a identificação de oportunidades estratégicas de investimento, em colaboração com o ecossistema local de inovação.
A secretária estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, destacou o simbolismo do momento e sua importância estratégica. “Tudo isso está conectado em dois planos extremamente relevantes dentro da ótica de um posicionamento de futuro do Estado do Rio Grande do Sul, que é o nosso plano de desenvolvimento econômico, inclusive sustentável, e o nosso plano de reconstrução, que é o Plano Rio Grande”, afirmou. Ela ainda reforçou a importância da visibilidade global.
Nós precisamos nos posicionar no mundo, e que o mundo possa ter aqui um exemplo de como nos fortalecemos com o ecossistema de inovação.
Rafael Prikladnicki, presidente da Invest RS, reforçou o potencial do Estado e a necessidade de mostrar ao mundo o que o Rio Grande do Sul tem a oferecer. “A ação que temos que fazer é buscar as oportunidades onde estejam. Promoção do estado internacionalmente porque muito do que temos ou não fazemos é porque não nos mostramos.” Para ele, esse movimento é um verdadeiro “manifesto de posicionamento do Rio Grande do Sul”, e já começa a dar frutos: Conversamos com ambientes de inovação de Singapura, Malásia, Finlândia, Suécia, e no momento que a gente começa a falar do que nós temos, há essa conexão imediata.
O Instituto Caldeira, com seu histórico de articulação com a iniciativa privada e compromisso com a inovação aberta, tem papel central na estratégia. Seu diretor executivo, Pedro Valério, enfatizou a visão global do hub.
A pretensão é construir um hub global no 4º Distrito de Porto Alegre. Se o RS não estiver plugado com os principais centros de inovação, a gente fica de fora do jogo.
Valério também destacou a importância de promover talentos locais e abrir caminhos para empreendedores com ambições internacionais: “O que a gente tem construído é, de fato, a expansão dessas relações internacionais e conseguir promover o Rio Grande do Sul como uma porta de entrada para investidores para a América Latina.”
O programa Cross Global Innovation está aberto à adesão de outras instituições, públicas e privadas, interessadas em fortalecer o ecossistema de inovação do Estado. A ideia é ampliar o leque de conexões internacionais de forma colaborativa e estratégica, fazendo do Rio Grande do Sul um polo de atração para centros de pesquisa e desenvolvimento, startups e grandes empresas globais. “Inovação aberta, que é, grandes empresas gaúchas que querem se conectar com startups internacionais e grandes empresas internacionais que querem se conectar com startups gaúchas. Nossa ambição é criar essa ponte”, concluiu Valério.
A Invest RS, por sua vez, atua como ferramenta do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável do governo estadual, lançado em 2024. A agência oferece serviços de inteligência de mercado e apoio a investidores, contribuindo para acelerar o crescimento econômico do Estado. Com o reforço do Instituto Caldeira e o apoio da Secretaria de Inovação, a expectativa é que essa nova fase represente não apenas a consolidação de políticas públicas voltadas à inovação, mas também a construção de um futuro mais conectado, competitivo e global para o Rio Grande do Sul.
