Durante toda a Conferência, o banco esteve ativamente presente nos debates, não apenas como a instituição responsável pelo financiamento de 60% do fomento na região, mas principalmente contribuindo com sua expertise, apresentando estudos, programas e projetos que podem ser replicados e escaláveis, com os investimentos certos. Foto: divulgação

Banco da Amazônia participa da COP30 com inovação e inclusão

No último dia de atividades na Green Zone, o Pavilhão do Banco da Amazônia mais um vez lotou seu espaço com debates sobre arte, cultura e sustentabilidade e como a cultura influencia o meio ambiente e vice-versa. Com essa agenda, a instituição encerrou a sua participação na COP30 com sucesso de público e debate qualificados.

Entre os dias 10 e 21 de novembro o pavilhão da instituição na Green Zone foi palco de 52 eventos que contaram com a participação de 126 painelistas entre executivos e colaborares do banco, especialistas, pesquisadores, ambientalistas, economistas e ministros. De bioeconomia à pecuária verde, passando por finanças sustentáveis, infraestrutura verde e transição climática, foram 10 os temas debatidos, sempre com plateia cheia. No total, cerca de 30 mil pessoas passaram pelo Pavilhão Banco da Amazônia.

Dessa forma, a instituição consolidou a sua posição como principal agente financeiro do desenvolvimento sustentável da região e funcionou como um polo de debates estratégicos e lançamentos voltados à integração da floresta à nova economia global.

A mensagem central do presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, esteve presente em toda a programação. “Enquanto o mundo discute os compromissos, nós apresentamos os projetos prontos e a arquitetura financeira para executá-los”. A expertise da instituição em conectar capital global a projetos de impacto foi evidenciada ao longo do evento.

Poucos dias antes do início oficial, em anúncio de relevância internacional, o CEO falou sobre a criação de três novos fundos para o desenvolvimento sustentável na região e anunciou o aporte de R$ 500 milhões do Banco da Amazônia que vai servir de capital catalisador para alavancar R$ 4 bilhões em investimentos para bioeconomia, crédito de carbono e infraestrutura verde.

A instituição também confirmou a fase final de uma operação de crédito de US$ 100 milhões com o Banco Mundial, destinada a acelerar a transição energética na Amazônia Legal. O financiamento contemplará projetos de energia solar, hídrica, biomassa e soluções híbridas, buscando reduzir custos e o uso de diesel em regiões isoladas, tema alinhado à discussão sobre “Transição Energética Justa, Ordenada e Equitativa”, da Cúpula de Líderes.

Parcerias

Mas a agenda não ficou restrita aos eventos proprietários na Green Zone. Convida a participar de diferentes painéis promovidos por diferentes organizações como CNT, CNI, Concertação da Amazônia, Fiepa e Governo do Brasil que debateram temas como logística, economia circular bioeconomia e finanças sustentáveis.

Em todos eles o ponto comum foi a expertise do Banco no financiamento sustentável na região, abordando desafios como as dificuldade de acesso a comunidades mais distantes dos centros urbanos e de garantias para conseguir financiamentos. Nesse sentido, o diretor de Credito do Banco da Amazônia Roberto Schwartz pontuou que a atividade econômica na região é necessária mas ela não pode exercer pressão adicional sobre a floresta. “O fomento deve ser um indutor de práticas sustentáveis. Para isso, adotamos padrões rigorosos para a liberação de crédito, alinhados às melhores práticas internacionais. O banco não financia, por exemplo, geração energética com queima de óleo diesel ou com carvão, nem produção agrícola que gere supressão vegetal”, exemplificou o executivo.

E por falar em desafios, o painel promovido pelo Banco sobre governança contou com a presença do ex-presidente e ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes. Na visão do banco, não basta atrair os investimentos, eles precisam refletir em avanços e desenvolvimento sustentável na região. Por isso, a instituição usou o seu espaço na Green Zone para debater ideias e construir práticas de investimento que considerem fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) ao tomar decisões financeiras, as chamadas finanças sustentáveis.

A discussão partiu de um desafio existente: como garantir que o dinheiro destinado à Amazônia seja realmente usado para o desenvolvimento sustentável, de forma transparente e auditável?

Para o ministro Nardes, o primeiro pilar para gerar confiança nos investimentos é a governança, pois é ela quem garante que a aplicação dos recursos seja bem-feita. “Governança é direcionar, avaliar e monitorar. Nesse sentido, quando olhamos, por exemplo, para os bancos públicos, a avaliação de risco é crucial para que o dinheiro que pertence ao povo brasileiro seja bem aplicado”, pontuou Nardes ao participar do painel “Governança Pública como caminho para o Desenvolvimento Econômico e Social”.

Inclusão

A inclusão também guiou a agenda do Banco. O lançamento da Maquininha Verdinha do Banco da Amazônia e do Cartão Verdinho reforçou a missão de levar cidadania financeira à população da região. “O Cartão Verdinho simboliza o compromisso do Banco com a Amazônia e com a inclusão produtiva. Ele é o primeiro passo de uma linha de cartões com propósito sustentável, produtos que refletem quem somos e o que acreditamos, o desenvolvimento e cuidado com o território podem caminhar juntos”, afirmou o presidente Luiz Lessa.

O protagonismo feminino ganhou força com a participação da diretora Comercial, Joana Lima e da gerente de Marketing e Comunicação, Ruth Helena Lima, no Mulheres Inspiradoras HUB COP30. Em diferentes painéis, a diretora Joana, por exemplo, destacou ações de incentivo ao empreendedorismo feminino, como o programa Basa Acredita para Elas, que oferece condições especiais de taxa e prazo.

Estudos

A instituição apresentou ainda os resultados de um estudo inédito da UFV sobre o impacto do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), que comprovou sua relevância para o desenvolvimento regional, com efeitos positivos no emprego, na massa salarial e, por meio do FNO Verde, na redução do desmatamento. O diretor Corporativo, Diego Lima, destacou que o estudo ajuda a identificar oportunidades de aprimoramento e maior aproximação do Banco com a sociedade.

Segundo o estudo, o Fundo disponibiliza crédito, priorizando atividades sustentáveis, inovação, geração de emprego e renda e fortalecimento das cadeias produtivas locais. Em 2023, foram financiados mais de 31 mil empreendimentos, totalizando aproximadamente R$ 11,2 bilhões em recursos aplicados, com alcance de 99% dos municípios da região Norte e mais de 27 mil contratos firmados até 2024.

O olhar para o Sul global também marcou a programação. Em parceria com o Instituto Brasil-África, o Banco lançou o estudo “Potencial dos Produtos e Serviços dos Estados da Amazônia Brasileira nos Países Africanos”, que busca fomentar o comércio, especialmente em áreas como bioeconomia, alimentos e cosméticos.

Também foi apresentado, logo no início dos trabalhos na Green Zone, um levantamento sobre a bioeconomia na região, desenvolvido em parceria pela rede Uma Concertação pela Amazônia com a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e a Frankfurt School of Finance and Management, com apoio da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Esse estudo mapeou 159 mecanismos de financiamento com atuação na Amazônia Legal e mostrou que quando o foco é voltado para a sociobieconomia – que envolve não apenas a produção econômica, mas as pessoas da região – a liderança dos financiamentos vem de ações de filantropia nacional (46%) e parcerias híbridas (40%). Bem atrás (33%) aparecem os mecanismos conduzidos por bancos públicos e agências de fomento. Logo atrás vêm fundos de investimento (11%) e filantropia internacional (10%).

Bancos públicos, contudo, lideram a corrida quando o financiamento se trata da bioeconomia como um todo. Neste caso, as instituições públicas concentram 26% dos mecanismos; fundos filantrópicos nacionais e internacionais com grande representatividade aparecem com 22%; gestores de capital de risco com 17%; e bancos comerciais e cooperativas surgem com apenas 3% dos mecanismos.

Cultura

Na COP mais cultural já realizada, o Banco se destacou com uma programação bem diversificada. No recém inaugurado Centro Cultural Banco da Amazônia exibiu as mostras “Clima: O Novo Anormal”, “Habitar a Floresta” e “Mandela – Ícone Mundial de Reconciliação” e participou do projeto “Uma Noite no Museu”. A gerente de Marketing e Comunicação, Ruth Helena Lima, destacou que “a Cultura é um patrimônio essencial na construção de uma sociedade mais consciente e saudável”.

O Banco da Amazônia também realizou a primeira ação itinerante para levar a cultura para além do espaço do Centro Cultural. E para essa estreia, foi escolhido um filme que tem tudo a ver com os temas debatidos nos pavilhões da COP30: “Pasárgada”, dirigido e roteirizado pela paraense Dira Paes o longa, inspirado no poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel Bandeira, é uma ode à reconexão com o mundo natural e à escuta da floresta. As sessões serão em dois espaços simbólicos: no Palacete Pinho e no Centro Comunitário do Furo do Piriquitaquara, na Ilha do Combu, esse última uma sessão ao ar livre voltada para a comunidade. Ambos contaram com a participação presencial de Dira Paes.

E foi com cultura que as atividades no Pavilhão do Banco da Amazônia encerraram a extensa programação, com painéis sobre a preservação do patrimônio histórico e a valorização de espaços culturais e os desafios da indústria criativa e da economia circular na manutenção e financiamento de espaços culturais.

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