Atto completa 10 anos e reforça cooperação científica entre Brasil e Alemanha

Com 325 metros de altura, a Torre Alta está estrategicamente posicionada em meio à floresta e é uma das mais importantes estruturas do mundo para o estudo das interações entre a Amazônia e o clima global. Foto: Luara Baggi (ASCOM/MCTI)

Observatório instalado no coração da Amazônia é uma das principais estruturas do mundo dedicadas ao estudo das interações entre floresta e clima

O Observatório da Torre Alta da Amazônia (Atto) celebrou dez anos de atividades na quarta-feira (12), durante evento no Museu das Amazônias, em Belém (PA), paralelo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Com 325 metros de altura, a Torre Alta está estrategicamente posicionada em meio à floresta e é uma das mais importantes estruturas do mundo para o estudo das interações entre a Amazônia e o clima global.

O observatório, localizado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã (AM), permite medições contínuas de gases de efeito estufa, aerossóis (partículas que favorecem a formação de nuvens), e fluxos de energia e água. As observações ajudam a compreender como a floresta influencia o clima mundial e como os ciclos naturais respondem às mudanças climáticas e ao uso da terra.

Por ano, são gerados mais de 100 gigabytes de dados primários, transferidos diariamente para os centros de pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) — unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) — e do Instituto Max Planck de Química (MPI-Chemie), na Alemanha.

Reconhecimento aos cientistas

Durante a comemoração, a ministra do MCTI, Luciana Santos, destacou o papel estratégico do Atto e o trabalho dos pesquisadores que atuam na Amazônia. “Os esforços dos cientistas brasileiros do Inpa e do Instituto Max Planck são louváveis, pois realizar pesquisas na Amazônia é uma tarefa quase heroica. Requer obstinação e vontade de fazer o extraordinário para contribuir com conhecimento para toda a humanidade sobre as mudanças climáticas”, exaltou.

O vice-embaixador da Alemanha no Brasil, Wolfgang Bindseil, ressaltou a relevância internacional da cooperação entre os dois países. “A torre é um símbolo da forte parceria entre Brasil e Alemanha e um marco para a ciência mundial. As observações nos ajudam a entender como a Amazônia está respondendo aos eventos climáticos extremos, e esse conhecimento será crucial para as previsões climáticas futuras”, disse.

Parceria Brasil-Alemanha

Conhecido internacionalmente como Amazonian Tall Tower Observatory, em inglês, o projeto é resultado de uma cooperação entre o MCTI e o Ministério Alemão da Educação e Pesquisa (BMBF). No Brasil, é coordenado pelo Inpa e pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA); na Alemanha, pelo Instituto Max Planck de Química.

Os recursos do MCTI, destinados por meio da Financiador de Estudos e Projetos (Finep), foram utilizados para a construção das três torres do complexo, a aquisição de veículos e a implementação da infraestrutura de apoio, como alojamento, porto e geradores de energia. A manutenção do observatório, que demanda cerca de R$ 1,5 milhão por ano, é custeada com recursos do MCTI e da contrapartida alemã. A fase científica do projeto é financiada pelo BMRTS.

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Aldo Cargnelutti é editor na Rede Brasil Inovador.

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