Foto: divulgação

“A IA não é artificial, é inteligência ampliada”, ensina Peter Diamandis, fundador da Singularity University

“A IA está ampliando a inteligência. Quanto mais inteligente formos, mais inteligente a IA será. Quanto mais curiosos e criativos, mais poderemos extrair dela. Aprenda a fazer perguntas inteligentes”, explicou um dos maiores nomes do pensamento futurista mundial, Peter Diamandis, fundador da Singularity University. Autor best-seller e empreendedor reconhecido pela sua visão sobre tecnologias exponenciais, ele foi recebido no Instituto Caldeira na semana passada (13).

Para o futurista, vivemos a era mais extraordinária da humanidade. “O futuro pertence a quem ousar aplicar inteligência aos problemas que mais importam. Essa é a nossa oportunidade. Essa é a nossa responsabilidade.” A soma de dados, algoritmos, infraestrutura e capital cria um ambiente sem precedentes, com investimento de US$ 1 bilhão de dólares por dia sendo investido em IA, data centers, algoritmos, salários. Valor que não está diminuindo, pelo contrário, está acelerando.

A consequência natural desse processo é que cada indivíduo terá acesso à inteligência de nível extraordinário, considera. “Imagine descobrir uma ilha com um bilhão de PhDs dispostos a trabalhar para você pelo preço da eletricidade. Isso é o que temos hoje. Inteligência à disposição de todos, 24 horas por dia.”

O visionário relembrou a previsão de Ray Kurzweil de que alcançaremos Inteligência Artificial em nível humano até 2029 — algo que antes parecia improvável. Hoje, disse ele, “ninguém está rindo mais”. E completou com uma provocação: “Elon Musk acredita que teremos IA Geral até 2025 ou 2026. Seja em 2025, seja em 2029, estamos falando de poucos anos. Isso é insano.”

Esse avanço amplia de forma inédita a geração de dados. “Estamos dobrando o volume de dados a cada dois anos”, afirmou. Para ele, esse crescimento não é apenas estatístico, mas transformador. “Estamos prestes a ter um exército de robôs humanoides. Eles verão tudo, assim como uma criança pequena coleta informações do mundo ao seu redor. Isso significa que a explosão de dados vai se multiplicar de forma inimaginável”.

Em meio às estatísticas e previsões, Diamandis trouxe exemplos de como as novas gerações estão moldando o futuro. Ele destacou a queda na idade média de fundadores de startups, agora entre 20 e 24 anos, graças à democratização de acesso às ferramentas mais avançadas. “Os jovens não sabem o que não podem fazer. E é essa imaginação sem barreiras, combinada a ferramentas quase divinas, que cria uma nova era de empreendedores bilionários”, observa.

Na robótica, foram citadas empresas como Tesla e startups do Vale do Silício, que estão desenvolvendo robôs humanoides cada vez mais acessíveis. “Estamos falando de máquinas que custarão em torno de 20 a 30 mil dólares, ou seja, menos de 40 centavos por hora. Quem não terá um robô em casa, no quintal ou no escritório?”, questionou. A provocação ecoou pelo auditório quando compartilhou uma previsão ousada.

Até 2040, poderemos ter mais robôs humanoides do que humanos no planeta.

O encontro também mergulhou no campo da saúde e da longevidade. Diamandis afirmou que estamos próximos de alcançar a chamada “velocidade de escape da longevidade”, momento em que, para cada ano vivido, a ciência acrescentará mais de um ano de vida. “Por que a baleia-da-Groenlândia pode viver 200 anos e nós não? É um problema de hardware ou de software? Essa é a década em que vamos resolver isso”, disse. Em sua visão, terapias de rejuvenescimento celular, regeneração de órgãos e a aplicação massiva de Inteligência Artificial à biologia acelerarão o processo.

Ele citou ainda iniciativas como o XPrize, organização sem fins lucrativos fundada por ele, que cria e desenvolve competições públicas destinadas a incentivar o desenvolvimento tecnológico. Hoje, o XPrize inspira pesquisas em áreas como captura de carbono, dessalinização e longevidade. “Estamos financiando um prêmio para quem conseguir adicionar 20 anos de vida saudável. Já temos 630 equipes competindo”, compartilhou o palestrante.

Diamandis reforçou que o motor do futuro será a combinação entre propósito e curiosidade.

A curiosidade é o mindset mais importante. A IA é o professor mais paciente do mundo. Pergunte, peça para repetir, peça para explicar de novo. É assim que vamos aprender e transformar.

INSTITUTO CALDEIRA

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Aldo Cargnelutti é editor na Rede Brasil Inovador. Estamos promovendo os ecossistemas de inovação, impulsionando negócios e acelerando o crescimento econômico. Participe!

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