O Centro de Excelência em Varejo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGVcev) lançará, no dia 5 de novembro, o laboratório Hirota Lab, em sua sede. A iniciativa tem como objetivo explorar novos conceitos, tecnologias e experiências para fomentar estudos sobre o varejo.
Com 36m², a loja será operada pela equipe da Hirota Food, que gerenciará o abastecimento, controle e cobrança dos produtos no modelo de loja autônoma. Os alunos, por sua vez, poderão realizar pesquisas acadêmicas de ponta sobre as transformações do varejo, abrangendo tecnologias, formatos e processos in loco, sob a perspectiva de consumidores, varejistas e marcas.
O Laboratório Hirota Lab funcionará com o intuito de mostrar como a loja física pode aprimorar a experiência do cliente e a eficiência operacional para varejistas e marcas de bens de consumo.
De acordo com o professor e coordenador do FGVcev, Maurício Morgado, esta é uma iniciativa única de aprendizado e de aplicação de pesquisa ao cotidiano. “O nosso centro de estudos é multidisciplinar, sempre buscamos ficar próximos dos empresários do setor para aliar a teoria à prática e esse laboratório é a concretização dessa meta. Entender o varejo, suas peculiaridades e tendências, e apoiar o processo de desenvolvimento e evolução do setor varejista brasileiro e apresentar pesquisas são os principais objetivos do FGVcev”.
Morgado ainda ressalta o impacto da iniciativa para o desenvolvimento socioeconômico do país. “O varejo emprega cerca de 25% da força de trabalho com carteira assinada e movimenta 23% do PIB. Investir em eficiência no setor é fundamental para gerar empregos de maior valor e distribuir renda, e somente com pesquisa de ponta poderemos aumentar essa produtividade”, afirma.
Segundo o Prof. Henrique de Campos Junior, coordenador do novo laboratório, o projeto é uma parceria única no mundo, pois permite testes em um cenário real. “A maior parte dos laboratórios de varejo em escolas de negócio são simulações. O Hirota abriu suas portas para testes de campo, o que nos dará uma noção mais precisa do comportamento do consumidor e permitirá expandir as descobertas para outras unidades da rede.”
Além da eficiência, o laboratório focará na sustentabilidade. “Muitos alimentos se perdem entre o produtor e o consumidor. Um foco de pesquisa prioritário será como o varejo pode diminuir o desperdício e melhorar a qualidade da alimentação da população, o que vemos como uma responsabilidade socioambiental em larga escala”, conclui.