🏛️ Estrutura e Atores Chave

O principal elemento de coordenação da inovação na gestão pública municipal é o BHLab, mas a governança é mais ampla:

BHLab (Laboratório de Inovação Aberta da PBH):

Função: Estrutura de governança que coordena programas de promoção e incorporação de inovações na gestão pública, especialmente aqueles que envolvem a participação de startups.

Composição: Envolve órgãos municipais como a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, PBH Ativos, Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, Prodabel (Empresa de Informática e Informação do Município), e Belotur.

Objetivos: Induzir processos de inovação na administração pública, fomentar o ecossistema de inovação e melhorar a qualidade da prestação de serviços públicos.

Governo do Estado de Minas Gerais:

Atua com iniciativas que abrangem BH, como a Estratégia Estadual de Governo Digital e o fomento ao Ecossistema Mineiro de PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação).

Programas como o Cidades do Futuro (apoio à transformação digital) e investimentos em CT&I contribuem para o cenário de BH.

SEBRAE-MG:

Realiza estudos e estratégias para o ecossistema, identificando vocações estratégicas e dando apoio a startups e empresas.

Instituições de Ensino e Pesquisa (Universidades e Centros de Pesquisa):

São essenciais na formação de capital humano e na geração de conhecimento e tecnologia (ex: UFMG, PUC Minas).

Setor Privado (Startups, Grandes Empresas e Incubadoras/Aceleradoras):

Startups: BH se destaca como uma das cidades com mais startups no Brasil e com crescimento acelerado no cenário global.

Hubs de Inovação Aberta: Como o FIEMG Lab (do Instituto Euvaldo Lodi – IEL/MG), que conecta startups e indústrias.

Empresas de Tecnologia: A presença de grandes players e a inauguração de hubs de inovação (como o do Serpro) fortalecem a infraestrutura.

💡 Foco da Governança

A governança é marcada por:

Inovação Aberta: O uso de Compras Públicas de Inovação e o engajamento com startups (via BHLab e outros) para co-criar soluções para os desafios da cidade.

Colaboração Multiator: Esforços concentrados em alinhar os interesses e as ações dos setores público, privado, academia e sociedade civil.

Desenvolvimento Econômico: O ecossistema é visto como um motor para o desenvolvimento local, atração de investimentos e melhoria dos serviços públicos.

Belo Horizonte tem sido reconhecida globalmente como um dos ecossistemas de tecnologia de crescimento mais rápido no mundo, o que reflete a efetividade da articulação entre seus atores.

ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO DE BELO HORIZONTE

O Ecossistema de Inovação de Belo Horizonte é reconhecido como um dos mais importantes e em crescimento no Brasil e no mundo.

Aqui estão alguns pontos-chave sobre o tema:

🚀 Destaque Global e Crescimento

4º Ecossistema de Tecnologia que Mais Cresce no Mundo: De acordo com o relatório Global Tech Ecosystem Index 2025 da Dealroom.co, Belo Horizonte se destacou nessa categoria (“Rising Stars” – Estrelas em Ascensão).

1º da América Latina: A capital mineira também é apontada como o primeiro ecossistema de tecnologia da América Latina na mesma categoria.

Fatores de Crescimento: O relatório mede o crescimento por métricas como:

Crescimento no valor de mercado das empresas.

Volume de startups em expansão.

Criação de empresas unicórnios (empresas que atingem um valor de mercado de US$ 1 bilhão).

Maturidade de fundos de investimento locais.

Aumento de atração de capital internacional.

💡 Principais Atores e Ambientes

O ecossistema é formado por uma “tríplice hélice” (Academia, Indústria/Empresas e Governo) e diversos outros agentes:

San Pedro Valley: Considerado um marco, é o nome dado à comunidade de startups, inicialmente concentrada no bairro São Pedro, que se tornou um símbolo de inovação e empreendedorismo digital na cidade, a partir de 2011.

BH-TEC (Parque Tecnológico de Belo Horizonte): Atua como um importante instrumento que reúne a tríplice hélice, abrigando empresas inovadoras, centros de tecnologia e promovendo a transformação do conhecimento em benefício social.

Startups: Belo Horizonte abriga mais de 550 startups (dado de 2024), atuando em diversos segmentos, com destaque para Edtechs (educação), Healtechs/Life Science (saúde/ciências da vida), RHTechs (recursos humanos) e Fintechs (finanças).

Governo Municipal (PBH): A Prefeitura tem fortalecido o ambiente de inovação com políticas públicas, programas como o PBH Inova (que desafia startups a solucionarem problemas municipais) e iniciativas como o BHLAB.

Hubs e Aceleradoras: Existem vários players no ecossistema, como o Órbi Conecta (um hub de inovação) e programas de aceleração. O Serpro também inaugurou um hub em BH para impulsionar o desenvolvimento tecnológico nacional.

Academia: Universidades e centros de pesquisa fornecem a base de conhecimento e talentos para a inovação.

O ecossistema se caracteriza pela colaboração e pela fluidez, buscando a eficiência, a conexão entre as diversas dimensões da cidade e a redução das desigualdades territoriais através da tecnologia.

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