Inteligência artificial otimiza recrutamento, mas processo de seleção segue humanizado, afirmam especialistas no Tecnopuc Experience
Em meio a incertezas sobre o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho, a ideia de que ela não vai substituir as pessoas foi reafirmada no palco CMPC do Tecnopuc Experience.
“As pessoas vão aprender como são boas em determinadas coisas na medida em que elas são testadas. Nos destacamos nas coisas que nos interessam e fazemos bem. E descobrimos experimentando”, alerta Manoela Ziebell de Oliveira, professora de psicologia da PUCRS.
Bruno Pitzer, Ana Cássia Hennrich (BandNews e Manoela Ziebell de Oliveira – Crédito: Matheus Pé/Padrinho
Bruno Pitzer, diretor de recursos humanos da Sthil, destacou pontos essenciais para uma boa marca pessoal: transparência, autenticidade, ser quem se é mesmo nas entrevistas e no dia a dia, e ética.
“Hoje vivemos um momento em que, ao falar de marca pessoal, as pessoas tendem a associar à presença digital. Mas, principalmente, coerência entre a presença digital e fora das redes”, alertou Manoela.
Com a Geração Z, hiperconectada, chegando ao mercado de trabalho, nota-se uma diminuição do interesse pela indústria.
“Precisamos de cooperação entre empresas, entidades como Senai e Senac, e universidades para tentar identificar como será este futuro do trabalho”, pontuou Bruno.
Além da diferença de gerações e idades entre os funcionários, gerir nos dias de hoje tem o desafio do formato de trabalho híbrido ou remoto.
“Estou no presencial para me conectar com as pessoas ali, para trocar. Não é para ser vistos, mas para estarem juntos e criarem”, afirmou Luciane Fortes, da Globo.
Precursora nas metodologias ágeis, a Thoughtworks já tem uma cultura de colaboração.
“Quando trabalhamos com metodologias ágeis, as pessoas cuidam umas das outras. O time sinaliza quando não há entrega. Um olhar para a jornada, para o desenvolvimento e para a entrega”, contou Graziela Pereira, head de Pessoas da empresa. E finalizou: “As pessoas precisam entender o que fazemos e como elas contribuem para ele se sentir parte. Tem autonomia de um lado, mas de outro lado uma grande responsabilidade.”
Sem o convívio presencial, a proatividade é uma das soft skills mais observadas pelos recrutadores atualmente. Significa antecipar problemas e ir em busca de soluções.
“Eu sei que posso ensinar qualquer coisa para aquela pessoa porque ela tem nela o ímpeto de fazer”, destaca Guilherme Neves, sócio da Evermonte, especialista em Recrutamento Executivo.
Um líder próximo do time com ciclos de feedback e one-on-one, tendo as conversas difíceis, identificando gaps e orientando o time, tanto no remoto quanto no híbrido. Esta é a receita de sucesso para Gabriela Etchepare, gerente de Pessoas e Cultura na Faz Capital:
“O liderado sempre tem que estar ciente do que precisa melhorar. As pessoas não podem ser pegas de surpresa.”
Guilherme deixou uma última dica:
“Conheçam a empresa para a qual estão se candidatando. Vejam cases, façam conexão com projetos que já entregaram para mostrar interesse.”
Este conteúdo é um oferecimento do TIC em Trilhas, uma iniciativa que oferece, de forma gratuita e online, trilhas de formação em Tecnologias da Informação e da Comunicação a partir de metodologias ativas de aprendizagem e com apoio de mentores e monitores especializados. A iniciativa integra o projeto Residência em TIC 02, apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com recursos da Lei n° 8.248/91, sob coordenação da Softex e diversos parceiros e instituições renomadas com expertise na área.
