No dia 16 de março é comemorado o Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. A data foi institucionalizada pela lei Nº 12.533, com o intuito de promover debates sobre a preservação do planeta e a necessidade da promoção de ações que minimizem os efeitos do aquecimento global na sociedade brasileira. Sob a luz de colocar em pauta soluções positivas para o meio ambiente, inúmeras alternativas estão sendo criadas por startups para ampliar o impacto positivo em suas áreas de atuação.
Segundo dados divulgados em 2024 pela ACE Venture no relatório “Venture Capital Master Guide”, 55% dos investidores reconhecem a intensidade da questão ESG (Ambiental, Social e Governança) na atualidade. Dentro dessa estatística, 1 em cada 3 entrevistados para o estudo já possuem aplicações ou buscam investir em empresas que tenham no centro do seu negócio a sustentabilidade.
Dessa forma, além de promover soluções socioambientais impulsionadas pela urgência na demanda de alternativas que contribuam com o meio ambiente e, consequentemente, reduzam os efeitos das mudanças climáticas, medidas de impacto verde abrem portas para um novo mercado de oportunidades — tanto para investidores, quanto empreendedores.
Conheça 4 empresas que estão contribuindo para reduzir os efeitos das mudanças climáticas no planeta por meio de seus negócios.
Prospera
Os dados do Balanço Energético Nacional (BEN) 2024, levantados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mostram que as emissões de CO2 associadas à matriz energética continuarão a evoluir até o final da década. Nesse contexto, a adoção de energias renováveis pelas empresas é essencial para reduzir a emissão de gases do efeito estufa em uma economia de baixo carbono.
A Prospera, primeira Green Loyalty Tech no Brasil, está revolucionando a forma como empresas e pequenos negócios impactam positivamente o meio ambiente e obtêm lucros ao acessarem fontes limpas. Com a Assinatura Verde, os estabelecimentos podem se conectar à energia solar em um modelo inovador, prático e econômico, contribuindo para a mitigação dos efeitos climáticos causados pelo aquecimento global.
A proposta vai além dos benefícios econômicos para as PMEs e marcas. Com uma visão inovadora, a startup conecta benefícios sustentáveis e ativos digitais de fidelidade à estratégia das marcas, provando que é possível gerar impacto positivo e valor econômico ao mesmo tempo, fortalecendo os vínculos entre as duas pontas e promovendo práticas de consumo mais conscientes em prol do futuro do planeta.
Connecting Food
De acordo com a ONU, o desperdício de alimentos no Brasil é alarmante: aproximadamente 27 milhões de toneladas são descartadas todos os anos. Além do impacto social negativo, esses alimentos desperdiçados emitem metano no processo de decomposição – um gás bem mais potente do que o CO2 para o aquecimento global. Pra ter uma ideia, do total de gases de efeito estufa emitidos no mundo, de 8 a 10% vêm do desperdício de alimentos! Isso significa que, se o desperdício fosse um país, seria o terceiro maior emissor.
Com o objetivo de reduzir o desperdício, surgiu a Connecting Food, a primeira foodtech brasileira especializada em conectar alimentos que seriam descartados por empresas, mas ainda são bons para o consumo, às organizações sociais que atendem pessoas em vulnerabilidade social. Por meio de tecnologia e implementação de processos seguros e eficientes, a empresa vem conquistando números expressivos ao apoiar a estratégia ESG de seus clientes e parceiros da cadeia de alimentos, como GPA, Assaí Atacadista e Proença Supermercados. Em quase uma década de atuação, a Connecting Food já auxiliou na redistribuição de mais de 17 mil toneladas de alimentos que seriam desperdiçados, garantindo o complemento de mais de 30 milhões de refeições para mais de 600 OSCs atendidas nas 27 unidades federativas do país
Typcal
O mercado global de alimentos voltados para saúde e bem-estar deve crescer US$ 452,93 milhões até 2027, segundo a consultoria canadense Technavio. Esse avanço reflete a mudança no comportamento dos consumidores, que buscam opções mais práticas e nutritivas.
A Typcal, primeira foodtech da América Latina a desenvolver fermentação de micélio por meio da economia circular, criou um novo ingrediente para a indústria alimentícia. Com biotecnologia, a empresa desenvolveu um processo escalável e sustentável para
Mush
Um estudo da ONG norte-americana Center for Climate Integrity revelou que, em relação ao plástico, apenas 9% dos resíduos produzidos no mundo são reciclados. No Brasil, a situação é ainda mais alarmante: somente pouco mais de 1% do plástico é reciclado. O uso de materiais biodegradáveis e bioeconomia circular por startups que buscam promover um impacto ambiental positivo, já é uma realidade.
A Mush é uma startup que fornece materiais que podem substituir polímeros sintéticos em aplicações como embalagem secundária, materiais para construção civil e arquitetura e decoração. A empresa utiliza como matéria-prima o micélio e subprodutos da agricultura, gerando materiais 100% biodegradáveis, negativo em carbono, atóxico e resistente à chama e com baixa pegada energética e hídrica. Uma solução que pode contribuir em muitos aspectos para evitar os efeitos danosos das mudanças climáticas.