Recentemente, participei da 35ª Conferência Anprotec, realizada entre 13 e 16 de outubro em Foz do Iguaçu, no Paraná. Foi uma experiência transformadora, não apenas pelas discussões ricas sobre ecossistemas de inovação e o networking vibrante, mas, sobretudo, pelo Demo Day do Prêmio Nacional Anprotec de Empreendedorismo Inovador 2025. Foi ali, em meio a pitches eletrizantes, que o GovTech Lab conquistou o terceiro lugar na categoria Negócios de Impacto. E esse momento me fez refletir sobre o que realmente significa falar em governos inteligentes, os chamados smart governments.
Como alguém que vive a intersecção entre inovação e setor público, sempre acompanhei de perto o avanço das GovTechs, soluções que unem startups, dados e inteligência artificial para tornar a gestão pública mais eficiente, transparente e centrada no cidadão. Mas o que vi no Paraná me surpreendeu. O estado não apenas elevou o padrão nacional, como está entregando resultados concretos. E é sobre esse modelo inspirador de governo inteligente que quero falar.
GovTech Lab: Um Hub Revolucionário no Coração do Paraná
Na conferência, entendi a verdadeira dimensão do GovTech Lab, o primeiro hub GovTech do país, criado pelo Governo do Estado do Paraná em julho de 2025. Mais do que um laboratório, o Lab é um ecossistema vivo que conecta startups, órgãos públicos e especialistas para desenvolver soluções sob medida para os desafios da gestão pública.
O Paraná não se contentou em lançar o Lab. O estado incorporou a pauta GovTech à sua estratégia mais ampla de inovação. Sob a liderança da Secretaria da Inovação e Inteligência Artificial, vem promovendo diversas iniciativas que unem tecnologia e impacto social. Essa surpresa veio da conferência: ver o GovTech Lab premiado como terceiro melhor negócio de impacto na Anprotec não foi coincidência, foi o reconhecimento de um modelo que equilibra eficiência governamental com inovação sustentável.
O Paraná nivelou a régua para cima, inspirando outros estados a adotarem abordagens semelhantes. E os números falam por si: com mais de 879 mil instituições públicas no Brasil precisando de upgrades tech, o impacto potencial é estratosférico.
Por Que Isso Importa
Saí de Foz do Iguaçu com uma certeza: o futuro dos governos não depende de ter mais tecnologia, e sim de usá-la com propósito e inteligência. O Paraná está mostrando o caminho, e esse movimento é um convite para gestores, empreendedores e inovadores de todo o país. Afinal, transformar a máquina pública em uma força de mudança é, talvez, o maior desafio (e a maior oportunidade) da nossa geração.
Por Téo Foresti Girardi
Leader in Smart Governments I PhD in Design and Technologies l Founder and CEO of GovTech Lab l Smart Governments for the future I Head GovTech Summit