Em um cenário em que apenas 1% das roupas usadas é reciclada, ABVTEX reforça a importância das práticas sustentáveis e do descarte correto por meio de iniciativas de educação e conscientização
Apenas 1% das roupas usadas são recicladas para a criação de novas peças, segundo o estudo New Textiles Economy, feito pela Fundação Ellen MacArthur, instituição global que incentiva a sustentabilidade no planeta. De acordo com o levantamento, mais de US$ 500 bilhões são perdidos todos os anos devido à subutilização de roupas e à falta de reciclagem.
Nesse sentido, a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX) destaca junto ao Dia Mundial da Educação Ambiental, celebrado em 26 de janeiro, a importância da economia circular e do descarte consciente de roupas e calçados.
A economia circular propõe um novo paradigma: em vez de seguir o modelo linear de produção e descarte, busca-se prolongar o ciclo de vida das peças, promovendo a reutilização, reciclagem e a redução de resíduos. Nesse contexto, a ABVTEX se destaca como uma voz ativa na promoção de práticas sustentáveis e na conscientização sobre a importância da economia circular. A entidade tem se empenhado em disseminar informações por meio de suas Pílulas de ASG (Ambiental, Social e Governança), que visam educar e engajar a cadeia produtiva do varejo de moda sobre a importância de integrar a sustentabilidade em suas operações.
“É fundamental que todos os envolvidos na cadeia de valor da moda compreendam seu papel na economia circular. O descarte responsável e a reciclagem de roupas e calçados são passos essenciais para minimizar os impactos ambientais no planeta e estimular o consumo consciente”, afirma Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX. “Estamos comprometidos em promover ações que incentivem a conscientização e a mudança de comportamento, não apenas entre os consumidores, mas também entre os varejistas e fabricantes.”
Três ações principais podem apoiar a criação de ciclos de materiais seguros: alinhar os esforços existentes da indústria para harmonizar os padrões; impulsionar esforços coletivos de inovação para desenvolver e dimensionar matérias-primas e produtos alternativos seguros e processos de produção; e priorizar a agricultura regenerativa.
A ABVTEX apoia iniciativas que facilitam o recolhimento e a reciclagem de roupas e calçados, contribuindo para um ciclo de vida mais sustentável dos produtos de moda. Destacam-se práticas das varejistas associadas como a implementação de pontos de coleta nas lojas, onde os consumidores podem deixar suas peças usadas, e a parceria com empresas especializadas na transformação de resíduos têxteis em novos materiais, que têm se tornado cada vez mais comuns no setor de varejo de moda.
Além disso, com apoio e participação da ABVTEX, a CETESB lançou o Guia de Produção & Consumo Sustentável, que visa conscientizar quanto às tendências e oportunidades nos processos produtivos que adotam tecnologias mais limpas e oferece diretrizes valiosas que podem ser incorporadas às práticas que minimizem o impacto ambiental e contribuam para um futuro mais sustentável.
Neste Dia Mundial da Educação Ambiental, a ABVTEX reafirma seu compromisso com a construção de um futuro mais sustentável para a indústria da moda e para o planeta, convidando todos a refletirem sobre suas práticas de consumo e descarte.
Sobre a ABVTEX
Fundada em 1999, a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX) é a entidade que congrega as mais representativas redes nacionais e internacionais de varejo de moda, que comercializam itens de vestuário, calçados, bolsas, acessórios, além de artigos têxteis para o lar. É a principal interlocutora do setor junto a entidades ligadas à indústria, comércio e serviços; autoridades dos governos federal, estaduais e municipais; ONGs e associações; imprensa; e a sociedade em geral.
Promotora do diálogo entre toda a cadeia de valor da moda, a ABVTEX é reconhecida por suas iniciativas em prol do compliance, fornecimento responsável e a promoção do trabalho digno, por meio do Programa ABVTEX. Possui ainda como pilares de atuação o combate à falta de isonomia tributária frente aos e-commerces internacionais, à informalidade e o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva que abastece o varejo de moda, entre outras frentes.
