Combinação de materiais avançados, pesquisas e a colaboração podem encontrar soluções energéticas eficientes e sustentáveis; BlueNano participou de painel
No fim da tarde desta quinta-feira (30), no Tecnopuc Experience, o painel Materiais do futuro: a nova fronteira para o armazenamento de energia, da Trilha Ciência e Mercado, focou na discussão sobre a criação de materiais avançados que estão redefinindo o desenvolvimento de baterias e sistemas de armazenamento de energia. Durante a sessão, foi apresentado o case da Baterias Moura, destacando sua liderança e atuação pioneira no desenvolvimento de baterias para carros elétricos.
Neste painel, representando a empresa, Marcelo Cavalcanti ressaltou que além de fornecer baterias para automóveis e ser conhecida por isso, a Moura também atende ao setores náutico e industrial, entre outros.
“Mais recentemente está trabalhando também com sistema de armazenamento de energia”, afirma Cavalcanti. Ele conta que quando surgiu o carro elétrico a dúvida era se seria uma ameaça à empresa, que até então fabricava baterias para carros a combustão. “A resposta foi não, porque tinha a bateria de lítio. E assim a Moura ganhou o prêmio Valor Inovação 2025”, disse.
Importante salientar que a Moura trabalha com economia circular há mais de 40 anos, com programa de reciclagem. Participam também Wayesley Heredia, do Instituto de Tecnologia Edson Mororó Moura (ITEMM), e Adriano Feil, da BlueNano, que atende a grandes e pequenas empresas e cede a tecnologia para o laboratório da Bateria Moura.
A última palestra do dia foi Inovação colaborativa em materiais avançados, com Misael Silva, da Merck Life Sciences. Segundo ele, a inovação está no DNA da empresa. O faturamento da multinacional é em torno de 10 milhões de euros por ano, presente em mais de 63 países, com seis marcas globais e mais de 50 fábricas, sendo uma delas a de medicamentos no Rio de Janeiro.
A empresa também atua em outras áreas, como painéis solares mais eficientes e com menos custo, e baterias, que carreguem mais rápido, que sejam seguras. “Buscamos soluções rápidas para termos resultados rápidos”, afirma Misael, em relação aos seus pesquisadores.
“Entendemos que a inovação só ocorre de forma colaborativa. As ilhas de inovação precisam se conectar, a universidade, o governo, a indústria, para que se tenha conhecimento suficiente para desenvolver soluções competitivas”, ressalta.
A Merck trabalha com parcerias público privadas (PPPs) para desenvolvimento e transferência de tecnologias. Tem programas de inovação, que premia jovens químicos, financia projetos e possui programas de empreendedorismo acadêmico – nos quais alunos participam de jornadas durante o ano e no final apresentam o trabalho. O selecionado pela banca recebe recursos para investir no seu projeto.
Este conteúdo é um oferecimento do TIC em Trilhas, uma iniciativa que oferece, de forma gratuita e online, trilhas de formação em Tecnologias da Informação e da Comunicação a partir de metodologias ativas de aprendizagem e com apoio de mentores e monitores especializados. A iniciativa integra o projeto Residência em TIC 02, apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com recursos da Lei n° 8.248/91, sob coordenação da Softex e diversos parceiros e instituições renomadas com expertise na área.