Encontro G20 em Belo Horizonte trouxe discussões sobre transição energética
Por Janayna Bhering
O último encontro do G20 em Belo Horizonte, realizado entre 27 e 29 de maio, teve como foco principal a transição energética, abordando diversos aspectos cruciais para a sustentabilidade global. Presidido pelo Ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, o evento concentrou-se na dimensão social da transição energética. Esse encontro foi parte das reuniões do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas, que discutiu ações para superar os desafios relacionados ao tema.
O G20 reúne países com as maiores economias globais, para tratar de questões econômicas, políticas e sociais. O grupo é composto por líderes de 19 nações, como África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da presença da União Africana e da União Europeia.
Em 2024, o Brasil assumiu a presidência do grupo e além de priorizar a transição energética, incluiu outras questões importantes na agenda, como o combate à fome e à pobreza, financiamento de baixo custo, acesso universal à energia limpa, inovação em biocombustíveis e o desenvolvimento sustentável em suas esferas econômica, social e ambiental. O governo brasileiro buscou combinar debates políticos com soluções financeiras, propondo medidas para erradicar a pobreza, combater a desnutrição e promover a bioeconomia. Essas discussões e iniciativas refletem as principais bandeiras do governo brasileiro, buscando deixar uma marca significativa durante sua presidência do G20 e influenciar a agenda global em áreas críticas para o desenvolvimento sustentável e a justiça social.
Segundo um relatório da BloombergNEF, em 2023, o Brasil destinou aproximadamente US$ 34,8 bilhões para o desenvolvimento de energias renováveis. O País se destaca como líder na América Latina nesse aspecto e ocupa a sexta posição global. O Brasil vem se destacando como um protagonista na transição energética global, beneficiando-se de seus recursos naturais abundantes, como água doce, sol e vento. Atualmente, 88% da energia elétrica do país é gerada por fontes renováveis e limpas, com investimentos expressivos em infraestrutura de transmissão, energia eólica, solar e biomassa.
Com o encerramento das discussões do encontro do G20 emerge uma provocação essencial: a transição energética não é apenas uma escolha, mas uma necessidade premente para a sustentabilidade global. À medida que líderes de nações se reúnem para discutir políticas econômicas, sociais e ambientais, fica claro que a energia limpa não é mais uma opção, mas sim o caminho inevitável para um futuro habitável. O Brasil, assumindo a liderança nesse debate e investindo significativamente em energias renováveis, mostra não apenas um compromisso com seu próprio desenvolvimento sustentável, mas também um exemplo inspirador para o mundo. Este momento histórico do G20 marca não apenas uma discussão, mas um chamado à ação coletiva em prol de um planeta mais verde e equitativo.
Janayna Bhering
Engenheira com mestrado em Ciência e Tecnologia, especialista em estatística aplicada a processos (Six Sigma Black Belt) e gestão da inovação. Atua no ecossistema de inovação há 20 anos. Atua como executiva Fundep, Presidente conselho inovação e VP executiva na ACMinas.
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