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Instituto Caldeira promove conversas sobre IA e se prepara para Missão no Vale do Silício

Instituto Caldeira promove conversas sobre IA e se prepara para Missão no Vale do Silício

Entre os dias 29 de setembro e 4 de outubro, o Instituto Caldeira liderará uma missão ao Vale do Silício, região da Califórnia onde estão localizadas cidades como Sunnyvale, Mountain View, Palo Alto, Menlo Park e San Jose.

É o berço da tecnologia mundial, lar de muitas das maiores empresas do mundo, e polo global que concentra mais de um terço dos investimentos em capital de risco dos EUA.

Não é  novidade que nos últimos anos, o Vale do Silício enfrentou a migração de empresas de tecnologia e investidores para regiões como Los Angeles, Miami e New York, impulsionada pela pandemia, pelo aumento do home office e pela crise econômica.

No entanto, essa tendência começou a se reverter em 2024, com o retorno da ascensão da inteligência artificial, que fez do Vale o epicentro global da área. Investidores e executivos estão retornando à região, renovando seu compromisso com o ecossistema local.

A missão do Instituto Caldeira levará cerca de 30 pessoas, entre comitiva e participantes, que representarão importantes organizações do Rio Grande do Sul. O CEO do Instituto, Pedro Valério, estará acompanhando a comitiva. Entre as atividades incluídas na agenda da missão está a visita a empresas líderes e especialistas em IA para explorar as últimas tendências e aplicações práticas. O grupo também irá participar de capacitações em centros educacionais e de pesquisa renomados, como o Stanford Artificial Intelligence Lab. Por fim, momentos de networking em ambientes informais proporcionarão uma troca rica de ideias e experiências.

O foco estará em como os C-levels devem abordar a inteligência artificial, quais os modelos fundamentais da tecnologia e como aplicá-los de forma eficaz, além de explorar as tendências futuras e conhecimentos práticos valiosos para setores como finanças, agronegócio, saúde, varejo, jurídico e publicitário. Esta missão promete ser uma oportunidade única para impulsionar a inovação e competitividade dos participantes em seus respectivos mercados.

Caldeira promove talks abordando  IA
No cenário atual da tecnologia, a inteligência artificial (IA) é um tema recorrente e desafiador, especialmente para líderes do setor. A tecnologia tem evoluído significativamente desde seu surgimento na década de 1950, quando os primeiros programas foram desenvolvidos para imitar funções cognitivas humanas.

É justamente para debater esses desafios e oportunidades, e fazer um aquecimento para a Missão ao Vale do Silício, que o Instituto Caldeira tem promovido uma série de  talks para debater o tema.

Um dos convidados foi Carlos Rischioto, Principal Client Engineering Watsonx Manager. Ele explica que a IA é, em essência, qualquer programa que tenta tomar decisões ou realizar tarefas com base em cálculos probabilísticos. Segundo ele, “qualquer pedaço de programa que faça alguma coisa probabilística” pode ser considerado IA, desde simples fórmulas no Excel até sistemas complexos que reconhecem imagens ou fazem previsões.

Com o passar das décadas, a IA passou por várias fases de desenvolvimento. Nos anos 1980, surgiu o machine learning, um conjunto de programas que permite às máquinas aprenderem a partir de grandes volumes de dados, identificando padrões e criando regras. “O  machine learning olha um monte de dados e encontra padrões dentro desses dados, permitindo que as máquinas aprendam sozinhas as regras”, explica.

Essa tecnologia evoluiu ainda mais com o surgimento do deep learning, na década de 2010, que introduziu múltiplas camadas de análise, tornando o aprendizado mais profundo e próximo do funcionamento do cérebro humano. “É a mesma ideia do machine learning, só que com camadas maiores”, comenta Rischioto, destacando que essa abordagem é usada em tarefas complexas como reconhecimento de fala e imagem, onde vários níveis de análise são necessários para interpretar e gerar respostas.

A evolução mais recente dentro da IA é a dos modelos fundacionais, que surgiram por volta de 2020. Esses modelos são redes neurais profundas, pré-treinadas com grandes volumes de dados, que permitem realizar uma ampla gama de tarefas, desde a interpretação de linguagem até a geração de conteúdo. Um exemplo notável desses modelos é o GPT (Generative Pre-trained Transformer), que deu origem a aplicativos como o ChatGPT. Rischioto descreve esses modelos como “redes neurais super profundas, com um grande volume de dados, treinados para saber fazer um monte de coisas”.

Apesar das possibilidades que a IA generativa oferece, Rischioto destaca que há limitações significativas. A taxa de assertividade de uma IA, ou seja, a precisão com que ela gera respostas corretas, depende diretamente da qualidade dos dados utilizados no treinamento e da maneira como a IA foi ajustada.

A gente considera que qualquer coisa acima de 70% para a generativa é um nível bom.

De acordo com Rischioto, 30% dos casos a IA pode gerar respostas incorretas ou imprecisas. Essa margem de erro ressalta a importância de se utilizar a IA como uma ferramenta de assistência, e não como uma fonte infalível de informações.

Em projetos mais bem estruturados, com bases de dados organizadas e específicas, a taxa de assertividade pode chegar a 95%. Nesses casos, a IA pode ser configurada para solicitar intervenção humana sempre que a confiança na resposta gerada estiver abaixo de um certo limiar. Essa abordagem híbrida, que combina a IA com a supervisão humana, é crucial para garantir a confiabilidade das respostas em ambientes sensíveis.

Porém, Rischioto alerta que é essencial ter cautela ao utilizar IAs genéricas disponíveis na internet. Embora esses modelos sejam extremamente eficientes na geração de textos coerentes, não há garantia de que as informações fornecidas estejam corretas. “Essas IAs foram treinadas para gerar texto, não para responder certo”, afirma ele, ressaltando que, por mais que o texto gerado pareça convincente, ele pode conter erros significativos.

Paulo Silveira, CEO e cofundador da Alura, uma das maiores plataformas de ensino de tecnologia no Brasil, destaca que não existe uma resposta simples ou única para a aplicação da IA nas empresas. O CEO participou da segunda edição do Talks, promovido pelo  Instituto Caldeira, e abordou os desafios e as oportunidades que a IA apresenta, destacando a importância de uma abordagem estratégica e contextual.

A Alura é reconhecida por compor o maior ecossistema de ensino em tecnologia do Brasil, com a missão de transformar vidas e carreiras por meio da educação. A plataforma oferece uma vasta gama de cursos e recursos voltados para o desenvolvimento de habilidades técnicas, com o objetivo de preparar profissionais para os desafios do mercado atual.

Com a ascensão de ferramentas como o ChatGPT, a Alura identificou algumas aplicações óbvias para essa tecnologia. Paulo explicou que a empresa já utilizava mecanismos de chat para tirar dúvidas dos alunos, e a chegada de uma IA conversacional mais avançada trouxe a oportunidade de melhorar essa interação. “O primeiro movimento que a gente fez é tirar as dúvidas dos alunos”, comentou Paulo. No entanto, ele também alertou sobre os riscos de implementar tecnologias em contextos inadequados.

O que não dá é a gente tentar aplicar tecnologia onde não está óbvia, onde eu não tenho certeza, onde eu ainda preciso investigar e melhorar.

O CEO ressalta a importância de se buscar aplicações práticas e imediatas para a IA, em vez de adotar uma abordagem indiscriminada. Ele enfatiza que a melhor estratégia é identificar problemas existentes e avaliar como a nova tecnologia pode oferecer melhorias significativas. “Se você quer uma solução rápida, uma aplicação rápida em inteligência artificial busque o óbvio, busque aquilo que você pense ‘caramba, aqui que eu já tenho esse problema e já tenho uma solução média vai ficar melhor’”, aconselha.

A abordagem da Alura em relação à IA também envolve uma descentralização no uso da tecnologia. A empresa incentiva os times a explorarem e experimentarem com as ferramentas disponíveis, permitindo que cada equipe encontre as melhores aplicações para suas necessidades específicas. “Nós vamos ouvindo feedbacks de como cada time está inserindo para trocar entre eles”, explica Paulo.
Apesar das vantagens que a IA pode oferecer, Paulo reconhece que nem todas as inovações trazem resultados revolucionários de imediato, com exceção do atendimento ao cliente, onde as melhorias podem ser mais notáveis. Ele também compara o movimento atual da IA com a febre de dados que ocorreu há cerca de dez anos, sugerindo que a IA seguirá um caminho semelhante, tornando-se uma ferramenta comum e indispensável em várias áreas além da tecnologia, como marketing, vendas e finanças.

Na Alura, a IA já começou a impactar de maneira significativa, especialmente na automatização de processos relacionados à criação e entrega de cursos. Paulo destaca que essa automatização trouxe um impacto qualitativo, melhorando a experiência do cliente e refletindo positivamente nos indicadores de satisfação e faturamento da empresa.

Para os profissionais de fora da tecnologia, Paulo acredita que não é necessário um conhecimento profundo de IA, mas sim uma familiaridade básica com as ferramentas disponíveis. Ele compara o uso da IA ao domínio de ferramentas básicas como o Google, o Gmail e o Excel, que são essenciais para qualquer profissional que deseja se manter relevante no mercado.

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