Innovative Workplaces 2024 celebra as empresas com as melhores práticas de inovação do mercado
A cerimônia de premiação das vencedoras da terceira edição do evento foi realizada na última quinta-feira, em São Paulo. Neste ano, 82 empresas foram certificadas e outras 20 receberam a chancela da MIT Technology Review Brasil. Inspirar a inovação é um dos objetivos da MIT Technology Review Brasil. E pelo terceiro ano consecutivo a maior plataforma de conteúdos de tecnologia do mundo promove o Innovative Workplaces, a chancela que visa fomentar o cenário de inovação no Brasil e reconhecer as empresas com as melhores práticas do mercado, independentemente do tamanho ou ramo de atuação.
Mais de 2 mil empresas participaram dessa edição — o dobro de inscritas do ano passado. Os destaques ficaram para os setores de Tecnologia, Seguros, Finanças e Eletricidade. Do total de inscritas, 82 organizações foram certificadas e outras 20 receberam a chancela Innovative Workplaces 2024.
Veja a lista completa das empresas vencedoras:
Alelo
Ambev
Boston Scientific
Bradesco Seguros
Brasilprev
Grupo Boticário
Generali
Gerdau
iFood
Itaipu Binacional
Mobiup
NTT Data
Oxygea Ventures
Petrobras
SAS
Teleperformance
TIM
Vibra Energia
VLI
Vivo
Generali, iFood e Vibra receberam a chancela nos três anos da premiação. Já a Ambev, Boston Scientific, Bradesco Seguros, Brasilprev, Petrobras, SAS e Vivo marcam presença na lista pela segunda vez. Enquanto isso, as empresas Alelo, Grupo Boticário, Gerdau, Itaipu Binacional, Mobiup, NTT Data, Oxygea Ventures, Teleperformance, TIM e VLI estreiam no rol das chanceladas.
“É possível observar que existem alguns padrões nas empresas que de fato incorporaram o processo de inovação e por isso ganham destaque no cenário brasileiro. São empresas que pensam a todo momento em maneiras de destruir e reconstruir seu próprio negócio”, observa André Miceli, CEO e editor-chefe da MIT Technology Review Brasil.
Metodologia
Para chegar à lista das vencedoras, as empresas foram divididas por segmento de atuação e, em uma primeira etapa, todas elas passaram por um processo de análise que considerou quatro perspectivas: gestão, marketing, processos e produtos. As selecionadas na fase inicial avançaram para a etapa qualitativa do estudo, em que foram realizadas entrevistas com executivos de cada organização. Todo processo de avaliação das participantes do Innovative Workplaces 2024 foi feito de maneira categorizada. Ou seja, as análises consideram o setor de atuação e tamanho de cada empresa.
As apurações levam em consideração, por exemplo, as faixas de faturamento das participantes, definidas de acordo com parâmetros do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com Miceli, essa é uma forma mais justa de fazer a análise das organizações.
“Apesar de vermos, constantemente, a lista ser atualizada, há uma estabilidade no avanço do processo de inovação, com os índices se mantendo praticamente estáveis. Isso demonstra que as empresas que têm o processo de inovação, de alguma maneira estabelecido, têm repetido práticas e isso tem gerado um contágio dessas ações”, explica o CEO e editor-chefe da MIT Technology Review Brasil. Outro ponto observador por Miceli, que também é coordenador do estudo, é o amadurecimento das práticas de inovação aberta no geral e dos investimento em diversidade.
“As empresas que tendem a ser mais eficientes nesse aspecto, são as que têm colaboradores com backgrounds distintos, mas que compartilham valores e objetivos. Isso gera resultados completamente diferentes para essas organizações. Foi importante observar essa característica mais uma vez.”
Cerimônia de premiação
A cerimônia de premiação do Innovative Workplaces 2024 foi realizada na última quinta-feira, em São Paulo. Além da entrega do prêmio, o evento contou com painéis focados em discutir diferentes aspectos sobre o processo de inovação em uma empresa. No início da noite, André Miceli apresentou os dados gerais e principais insights da edição. Uma das descobertas dentro do processo de avaliação é a mudança do papel das startups dentro do cenário de inovação.
“O processo de inovação tem sido muito associado à conexão que essas startups fazem à inovação nas grandes empresas, o que acende um sinal amarelo. As grandes corporações estão testando suas hipóteses através dessas startups, seja por meio de investimentos diretos ou programas de inovação aberta. Por um lado, isso é bom para as startups, porque gera oportunidades, mas por outro faz com que a participação delas para levar a disrupção e a inovação diretamente para o mercado seja diminuída.” Miceli também destacou a influência do que se chama de “inovação ocasional” nos processos da maioria das empresas atualmente.
“Nós temos mais inovação entregue do que capacidade formal em inovar e eu imaginava que seria o contrário. Imaginava que primeiro as empresas iriam estruturar seus processos de inovação e depois começariam a colher os frutos dessa estruturação. O que acontece não é necessariamente isso. Cada vez mais vemos inovações isoladas: empresas que têm um time, um board, uma pessoa que lidera um processo de inovação, mas isso não necessariamente é usado para gerar novos ciclos”, explicou.
Ao longo da cerimônia ainda foram debatidas outras questões como o uso de dados inteligentes para soluções inovadoras em ambientes críticos. Rafael Coimbra, editor-executivo da MIT Technology Review Brasil; André Novo, Country Manager do SAS Brasil; e Pedro Amoroso, Credit Risk Associate Director no BTG Pactual destacaram a importância de se criar rotas de evolução e inovação, ainda que em contextos adversos.
O papel do consumidor dentro desse cenário também foi tema de discussão durante o evento. Carlos Aros, editor-executivo da MIT Technology Review Brasil; Amanda Andreone, Country Manager na Genesys; Rodrigo Mucelin, superintendente de Estratégia, Projetos, Processos e Inovação na Brasilprev; e Renato Ciuchini, VP New Business & innovation na TIM participaram de um painel dedicado ao assunto. Durante a conversa, os especialistas apresentaram insights sobre como os líderes podem organizar suas operações para antecipar tendências e conquistar a confiança dos seus consumidores. “O nosso olhar para a experiência do cliente não é mais um conjunto de perguntas e respostas. Atualmente é uma jornada de engajamento. Cada cliente que fala com a marca é uma oportunidade de fazer uma experiência extraordinária”, destacou Amanda Andreone.
Hudson Mendonça, VP de Energia e Sustentabilidade da MIT Technology Review Brasil e CEO do Energy Summit; Suelen Marcolino, Founder da Suelen Marcolino Consultoria de D&I e Negócios; e Iago Ribeiro, diretor de Produtos e Inovação na MIT Technology Review Brasil também marcaram presença apresentando o painel “Como criar ecossistemas de inovação?”. E, para encerrar a rodada de palestras, André Miceli e Rafael Coimbra voltaram ao palco para discutir como as empresas podem, de fato, transformar capacidades em incremento da execução da inovação.