Moda consciente, combate a alagamentos e reaproveitamento de insumos. Atentos aos desafios da atualidade e com orientação dos professores, alunos de escolas do Sesi-RS desenvolveram projetos tecnológicos e sustentáveis que ganharam destaque no segundo dia do Futur.E, nesta quinta-feira (2), na sede do Sistema FIERGS, em Porto Alegre.
Para a gerente de Arquitetura Pedagógica do Sesi-RS, Danielle Schio Romeiro Rockenbach, a iniciativa amplia a autonomia e o protagonismo dos jovens. “Essas soluções criativas são relevantes porque mostram que eles são autores de suas próprias produções. Precisamos formar crianças, jovens e adultos preparados para resolver problemas do mundo do trabalho e das demandas da sociedade”, destaca.
Entre os projetos, está o Looma Moda, desenvolvido pelas estudantes do Ensino Médio Maria Eduarda Porto dos Santos e Maria Luiza Pereira, do Sesi Pelotas. Elas criaram bolsas a partir da fibra da planta espada-de-são-jorge, inspiradas na marca europeia Orange Fiber, que produz tecidos com fibra da laranja. “Nossa ideia é que todos os insumos sejam reaproveitados, sem desperdício. Se na Itália já existe, por que não no Brasil? Assim ajudamos a economia e a sustentabilidade”, afirma Maria Eduarda.
Para Maria Luiza, o Futur.E mostra que sempre há caminhos mais sustentáveis: “Daqui a um tempo, nossas bolsas podem estar circulando por aí. Quase tudo do dia a dia pode ter alternativas mais responsáveis.”
Já as alunas Adriani Camylle e Laura de Azevedo, do Sesi São Leopoldo, criaram bueiros inteligentes com sensores capazes de indicar quando há acúmulo de lixo. Além de possuir um compartimento para separar resíduos, o projeto Sistema de Filtragem Hídrica Tecnológico (Sifihtec) envia alertas por aplicativo, permitindo que os moradores notifiquem a prefeitura antes que ocorram alagamentos.
“Eu já fui atingida por enchentes. A ideia do nosso projeto é reduzir ao máximo esse problema, que acontece com frequência na nossa cidade”, relatou Laura. Adriani reforçou que a escola incentiva os alunos a pensar em soluções para problemas reais. “Somos incentivadas a pensar em soluções que unam tecnologia e meio ambiente, especialmente na área de ciências da natureza.”
Outra iniciativa foi o Moara, idealizado pelas estudantes Izadora Eskopinski, Emilly Luany, Kemilly Suardi e Bárbara Silva, do 9º ano da rede pública e do contraturno do Instituto Sesi de Formação de Professores. A proposta consiste em uma máquina de refil para produtos normalmente vendidos em embalagens plásticas, incentivando o consumo mais consciente.
“A ideia é que cada pessoa leve suas próprias garrafas e reabasteça com o produto desejado. Trabalhamos muito e estamos felizes de apresentar o resultado aqui”, contou Izadora.