Indústria de games foi tema de painéis realizados na 8ª edição do Tecnopuc Experience, que ocorre nesta quinta-feira (30), na PUCRS
“O mundo inteiro está com olhar voltado aos mercados emergentes”. A afirmação da consultora de Economia Criativa do Sebrae, Martha Alvarez Lopes, deu o tom do painel “Jogando juntos: O papel do Sebrae no apoio ao ecossistema nacional de games”, que abriu as atividades no palco Arena South Summit, na 8ª edição do Tecnopuc Experience. O evento ocorre nesta quinta-feira (30), na PUCRS.
Mediado pelo analista de competitividade no Sebrae Nacional, Eúde do Amor Cornélio, o painel trouxe importantes discussões sobre as diferentes realidades do mercado de games no Brasil. Carolina Ferreira Niederauer, do Sebrae RS, comentou sobre os esforços da entidade para fomentar a indústria de jogos gaúchos em localidades fora da Região Metropolitana. Representando o Sebrae Alagoas, Thêmis Monteiro Mendonça Pacheco comentou que, em seu Estado, não há cursos de ensino superior voltados à formação de desenvolvedores de jogos, somente disciplinas ministradas dentro de outros cursos. No entanto, as perspectivas para o futuro são positivas.
Os debatedores enfatizaram que as empresas de jogos têm conhecimento técnico, mas que ainda falta conhecimento de mercado. Além disso, o maior desafio para as desenvolvedoras de games é conseguir criar seus próprios jogos, pois a maioria atua em outsourcing, produzindo para outras empresas.
“Temos uma mão de obra muito bem qualificada e um cenário com muitas oportunidades”, disse Carolina.
Na sequência, teve início o painel “A força coletiva dos ecossistemas de games”. Mediado por Milena Cherutti, da ADJogosRS, o painel contou com as participações de Eduardo Pras da ADJogosRS, Márcio Filho da ACJOGOS-RJ e Thiago Santos Cortez Filho da ACJogos-AL. Retomando a importância do associativismo para o fortalecimento da indústria de jogos nacional, o painel discutiu sobre a necessidade de políticas públicas que apoiem o setor privado – como, por exemplo, a Lei Paulo Gustavo.
“Não tem um mercado no mundo sequer que tenha se desenvolvido sem setor produtivo privado organizado, academia e governo jogando junto”, disse Márcio Filho.
A secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Simone Stülp, e o reitor da PUCRS, Irmão Manuir José Mentges, foram convidados para subir ao palco para falar sobre a importância do investimento público e acadêmico para o setor.
Setor em dados
Ao final, o pesquisador da PUCRS e membro do Cluster GameRS, Cristiano Max Pereira Pinheiro, apresentou dados compilados pelo grupo. Segundo o estudo, no Rio Grande do Sul, o setor conta com 51 associados e cresce cerca de 25% ao ano, com forte presença em jogos para PC e console. No Brasil, há mais de 1,2 mil desenvolvedores mapeados. No RS, há 69 empresas, 10 cursos (de técnicos a doutorados) e dois laboratórios de QA (Quality Assurance). Entre 2018 e 2022, o mercado de games gaúcho cresceu 48,5%.
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