No bate-papo “Minhoca na Cabeça”, o educador ambiental Lucas Fontes, da Green Thinking, mostrou como a vermicompostagem pode reduzir pela metade o lixo das cidades, com um sistema simples de baldes e minhocas californianas. Cada pessoa produz cerca de 1 kg de resíduos por dia – e metade disso pode virar adubo natural.
“Se cada brasileiro compostar em casa, a gente reduz pela metade o problema do lixo urbano”, explicou Lucas.
Além de economizar em sacos e reduzir o custo da coleta pública, a técnica transforma restos de frutas e verduras em húmus e fertilizante líquido, evitando que toneladas de resíduos orgânicos gerem metano nos aterros –um dos principais gases do aquecimento global.
Para o público do Tecnopuc, a prática virou sinônimo de cidadania ambiental. “Quando compostamos em casa, estamos ajudando toda a cidade. É um benefício coletivo: econômico, ambiental e social”, resumiu o palestrante.
No mesmo evento, o painel “Negócios para a Descarbonização” mostrou o outro lado da moeda: o papel das empresas na construção de uma economia de baixo carbono. Mediado por Eduardo Pellanda, professor da PUCRS, o debate reuniu Giuliano Capeletti, da Mercado Net Zero, e Wladi Freitas, da Green Way for Automotive (GWA).
Freitas alertou para o problema dos 7 milhões de carros abandonados no Brasil e apresentou sua empresa como parte da solução.
“Reciclar é descarbonizar – e também é negócio. Sustentabilidade tem que dar lucro, pagar salário e gerar empregos”, afirmou o empresário.
Já Capeletti explicou como os créditos de carbono conectam empresas a projetos que evitam emissões, de energia solar à captura de carbono.
“O crédito é uma ferramenta poderosa, mas o foco deve ser o impacto positivo, não só o financeiro”, defendeu Capeletti.
Pellanda concluiu com um lembrete essencial: “a descarbonização é uma transição complexa, mas inevitável. Precisamos pensar em todo o ciclo –produção, uso e descarte.”
Entre minhocas e mercados de carbono, o Tecnopuc Experience mostrou que o caminho para um planeta mais sustentável começa em gestos simples – e se estende até as grandes engrenagens da economia.
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