A Mercopar 2025 está terminando com saldo positivo para os 70 pequenos negócios levados pelo Sebrae Nacional à feira, entre eles, 30 startups e 40 micro e pequenas indústrias de diversos estados brasileiros, como Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Espírito Santo. A participação dessas empresas foi marcada por conexões estratégicas que prometem desdobramentos comerciais relevantes nos próximos meses. A Mercopar é uma realização do Sebrae RS e Sistema FIERGS, e se encerra nesta sexta-feira (17/10) no Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva, em Caxias do Sul.
Segundo Vicente Scalia, analista de Mercado da Unidade de Acesso a Mercado do Sebrae Nacional, o engajamento das empresas foi impressionante. “Todas estão conseguindo realizar de quatro a seis reuniões por dia, dentro e fora das rodadas de negócios. A expectativa é que saiam daqui com conexões já encaminhadas ou agendadas para seguirem com negociações”, analisou. Ele destaca que muitas empresas foram pela primeira vez à Mercopar e ficaram impressionadas com a diversidade, qualidade e oportunidades oferecidas pela feira.
A Mercopar, considerada uma robusta imersão em negócios, proporciona encontros valiosos até mesmo nos momentos mais informais. “Aqui, o momento do café é também um momento de negócio. Os compradores estão aqui para fechar parcerias. Muitos empresários já comentaram que querem voltar no próximo ano”, afirma Vicente.
A rodada nacional de negócios, realizada durante o evento, foi uma oportunidade que os empreendedores aproveitaram muito. Empresários da Bahia, por exemplo, conseguiram conversar com compradores de Tocantins interessados em seus produtos. “Essa conexão nacional é estratégica. Infelizmente, só conseguimos trazer 70 empresas este ano, mas a fila de espera é enorme” salienta Vicente.
O apoio do Sebrae, enfatiza Vicente, é essencial para viabilizar a presença desses empreendedores. “Sem esse suporte, muitos não teriam como estar aqui. São negócios que nas condições atuais não teriam a chance de conversar com grandes indústrias ou entender os desafios de empresas como a Infraero. Aqui, eles têm acesso direto aos compradores, trocam cartões, iniciam relacionamentos. Mesmo sem fechar negócio imediato, já saem com portas abertas”, completa.
Entre os expositores, a Quality Storming é um exemplo de como a feira pode ser transformadora. A empresa de tecnologia, especializada em sistemas de controle de qualidade para a indústria metalmecânica, participa da Mercopar pelo quarto ano consecutivo. “Para nós, é o ponto alto do ano e aqui está nosso público-alvo.”, afirma Brahim Neto, gerente de negócios da empresa.
A Quality Storming utiliza inteligência artificial para otimizar inspeções industriais, ajudando a reduzir falhas humanas por cansaço. “Treinamos a IA para identificar defeitos em peças por imagem, se a montagem foi feita corretamente ou se há falhas em soldas. Isso é essencial para setores como o automotivo, onde há muitos componentes e detalhes a serem verificados”, explica Brahim.
O apoio do Sebrae também foi fundamental para a Quality Storming. “Sem esse suporte, não conseguiríamos ter essa exposição. O custo de um estande é alto para uma pequena empresa. O Sebrae nos permite estar aqui, mostrar nossos produtos e fazer negócios com grandes empresas de diferentes segmentos, nacionais e internacionais”, finalizou.