Um novo marco para os negócios da floresta será inaugurado em Belém. A CASA NIARÉ chega como um espaço multifuncional dedicado a fortalecer o empreendedorismo indígena e de povos da floresta da Amazônia, conectando saberes ancestrais com inovação, ética e sustentabilidade.
Em plena R. Bernal do Couto, 791, no bairro Umarizal, a CASA NIARÉ funcionará como centro de formação, mentoria, coworking, loja, galeria de arte e espaço para eventos, com foco na sociobioeconomia da floresta. A iniciativa, que nasce como um legado concreto da COP30, tem como missão criar um ecossistema de negócios sustentáveis e regenerativos, impulsionando uma nova geração de empreendedores amazônicos.
A floresta em pé tem um potencial econômico imenso e subestimado. Nosso papel é garantir que os próprios povos da floresta liderem o desenvolvimento de negócios que valorizem sua cultura, seu território e seus saberes”, afirma Marcelo Salazar, um dos idealizadores do projeto.
3 espaços principais da Casa:
Espaço 1 — Café Funcional da Floresta + Espaço para Eventos
Produtos e marcas autênticas de povos da floresta, com curadoria de baristas e chefs indígenas e convidados renomados. Também será um ambiente para realização de eventos culturais e corporativos.
Espaço 2 — Loja e Galeria de Produtos e Arte de Povos da Floresta Amazônica
Venda e exposição de artesanato, arte e produtos de mais de 60 iniciativas de comunidades da floresta, com a experiência curatorial da Tucum Brasil, em parceria com a Urucuna e Da Tribu.
Espaço 3 — Sala de Trabalho para Negócios da Floresta (Coworking)
Espaço de formação, estruturação de negócios e mentorias para empreendedores indígenas e de base comunitária. A primeira jornada acompanhará até 10 empreendedores ao longo de um ano, com etapas práticas que incluem gestão, comercialização, comunicação, certificações e acesso a investidores.
Idealizadores e parceiros:
Tucum Brasil: Plataforma das artes indígenas do Brasil que comercializa e promove a valorização da cultura dos povos indígenas, gerando renda e autonomia para mais de 57 etnias
Mazô Maná: Empresa de impacto focada na valorização dos povos da floresta através de produtos de nutrição funcional e serviços socioambientais.
Urucuna: une saberes ancestrais e inovação para criar produtos e oferecer serviços socioambientais que regeneram a floresta e fortalecem a autonomia das comunidades amazônicas.
Da Tribu: Marca de moda da Amazônia, de Belém/PA, com foco na valorização dos saberes tradicionais dos povos da floresta. Produzem joias orgânicas e biomateriais, como fios e tecidos emborrachados a partir da Borracha Nativa da Amazônia para o mercado B2B E b2c.
Gestão Financeira:
Impact Not a Bank: Organização comprometida com a eficiência e transparência na aplicação de serviços financeiros e de gestão para projetos de impacto.
Parceiros da Floresta:
Aymïx – Associação Yudjá Mïratu Xingu: Aliança entre organizações indígenas, ribeirinhas e da sociedade civil para consolidação e defesa do Corredor Xingu de Diversidade Socioambiental e para a luta pelos direitos dos povos indígenas e tradicionais que nele vivem.
Instituto Kabu: Organização indígena que reune 18 aldeias afiliadas, trabalhando para reduzir os impactos negativos sobre os indígenas e seus territórios.
Parceiro Institucional:
Fundo Vale: Organização de fomento criada para gerar impacto socioambiental positivo.
Parceiros Estratégicos:
Amazon Investor Coalition: Aumenta e aprimora os investimentos no desenvolvimento econômico favorável a floresta.
Amaz/Zoma: Aceleradora de negócios de impacto do norte do país, totalmente dedicada a empreendedores que atuam na região amazônica.
Ideação e Coordenação:
Amanda Santana — Direção Criativa
Ligia Tatto — Direção Operacional
Marcelo Salazar — Direção Estratégia
Tainah Fagundes — Direção Territorial
Renata Faria — Direção Executiva
Organizações comunitárias parceiras da Casa Niaré:
Pará: Amocreq-CPT, Amora, Amoreri, APOBV, Aymix, CAMTA, CEPOTX, COFRUTA, Coobay, Instituto Kabu, Jamaraquá, Ass. Juaketi — povo asurini,
Menire Xikrin — ABEX, Vem Xingu.
Rondônia: Centro Cultural Indígena Wagôh Pakob, Coletivo Wanzeej Pakup Pit.
Mato Grosso: Coopavam, ACAIM.
Amazonas: ASPACS, AACRDS.
Roraima: Hutukara.
Inauguração oficial: 10 de outubro de 2025