Confira negócios inovadores que irão ganhar ainda mais destaque em 2025 com suas soluções focadas em mobilidade, biodiversidade e sustentabilidade
O próximo ano promete intensificar o foco nos desafios globais, especialmente aqueles relacionados à bioeconomia e à preservação dos ativos da Amazônia. Um marco dessa agenda será a COP30, prevista para ocorrer em novembro de 2025, em Belém do Pará. Com discussões voltadas ao combate às mudanças climáticas, o evento assume ainda mais relevância diante de desastres ambientais recorrentes no Brasil, como as enchentes no Rio Grande do Sul, as queimadas incontroláveis e o desmatamento da Amazônia.
Nesse cenário, negócios voltados à proteção ambiental e à solução de problemas urgentes da sociedade passam a ganhar ainda mais protagonismo. O Observatório Sebrae Startups lançou o Mapeamento das Startups e Negócios Inovadores da Amazônia Legal que entrevistou 646 empreendimentos da Amazônia Legal para identificar os principais desafios e oportunidades de negócios.
O estudo analisou o estágio de maturidade das empresas, abrangendo desde aquelas em fase de ideação até negócios consolidados – seja pelo critério de faturamento ou pela quantidade de funcionários –, mas que ainda se consideram startups ou negócios inovadores. Ele revelou que cerca de 9,8% dessas empresas estão no mercado há 10 anos ou mais, enquanto aproximadamente 76,7% foram criadas nos últimos cinco anos. Esse dado reflete o crescimento expressivo do setor na região.
No portfólio da Jornada Amazônia, o programa Sinapse Bio, voltado à pré-incubação de novos negócios, impulsionou a criação e formalização de 141 startups de bioeconomia nos ciclos de 2023 e 2024. Já o programa Sinergia, focado no fortalecimento de negócios mais consolidados com atuação na Amazônia, apoiou 74 empresas no mesmo período. Os segmentos mais presentes em ambos os programas abrangem Alimentos e Bebidas (66), Agronegócio (37), Cosméticos (25), Florestal (15) e Fármacos e Fitofármacos (12).
Neste contexto, selecionamos 4 startups que devem estar no radar no próximo ano, pois oferecem soluções indispensáveis para o cenário ao qual estamos passando.
Aeroriver – a startup do ramo de mobilidade tem como objetivo desenvolver uma solução inovadora no transporte de pessoas e cargas na Amazônia, utilizando um veículo de efeito solo, que combina características de avião e barco, para vencer as grandes distâncias locais de forma rápida e mais econômica. Fundada por amazônidas que se qualificaram em engenharia no ITA, a empresa visa fornecer uma alternativa mais rápida e eficiente (tanto do ponto de vista de custos quanto de consumo de combustível) para pessoas, empresas e instituições do governo.
Soul Brasil Cuisine – com foco na produção de geleias, pimentas e condimentos preparados com essência das frutas e pimentas brasileiras, a Soul Brasil Cuisine visa levar mais biodiversidade e cultura aos pratos brasileiros. Para oferecer esses produtos, a empresa busca parceiros que fomentem a recuperação das florestas e a capacitação das comunidades indígenas, além de doar parte dos lucros para projetos de crianças em situação de vulnerabilidade.
Ages – desenvolvida após a percepção de que existe uma lacuna no mercado global de nutracêuticos, a Ages Bioactive é uma empresa brasileira de biotecnologia que utiliza a biodiversidade amazônica para desenvolver ativos naturais voltados para a promoção da saúde. Com foco na integração de ciência, tecnologia e da biodiversidade amazônica, oferece nutracêuticos de alta performance que atendem a um mercado cada vez mais focado na prevenção de doenças e na melhoria da qualidade de vida.
Carbon Free Brasil – a cleantech ajuda empresas na jornada de conscientização ESG, através da neutralização das emissões de CO₂ de forma descomplicada e acessível por meio do crédito de carbono e ações como o plantio de árvores e soluções como medição, gestão, redução e compensação de emissões de carbono. Desta forma, a empresa transforma a preocupação com a sustentabilidade em ações concretas, que geram retorno e viabilizam a construção de um mundo mais sustentável.
Por trás dessas startups estão diversas organizações e grandes empresas que fomentam o empreendedorismo nessa região, como a Plataforma Jornada Amazônia, uma iniciativa que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento da bioeconomia e estimular um ecossistema pujante de negócios inovadores e escaláveis da bioeconomia na Amazônia, e os diversos programas do Sebrae Startups, como o Inova Amazônia. Juntas, já ajudaram mais de mil startups e negócios inovadores na região.
