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Painel na 5CNCT apontou esforços do governo federal para tornar o meio ambiente e o combate às mudanças climáticas um assunto transversal entre os ministérios.

5CNCTI: pesquisadores reforçam necessidade de aliança entre meio ambiente, ciência e sociedade

Seguindo para o segundo dia da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), foi ministrada a terceira plenária com o tema “Oportunidades e Desafios para o Desenvolvimento Nacional Sustentável e Inclusivo”. Durante o debate, os representantes e pesquisadores destacaram suas considerações sobre a relação entre o meio ambiente, ciência e sociedade.

Para a secretária Nacional pelas Mudanças do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Toni, as mudanças climáticas não são apenas uma pauta futura. “A mudança de clima não é um tema apenas do futuro e das próximas gerações, mas algo muito real para o hoje. Os efeitos sociais no meio ambiente são devastadores e na economia também”, disse.

Segundo a secretária, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem trabalhado para tornar o meio ambiente uma agenda central. “Nós estamos vivendo um momento único no país, em que o meio ambiente se tornou um tema transversal no governo e todos os ministérios estão empenhados em trabalhar em conjunto”, afirmou.

Toni ainda exaltou a relação necessária entre o meio ambiente e a ciência. “Para a área ambiental, a ciência sempre foi um dos nossos maiores aliados. Orientados pela ciência é que nós conseguimos nos desenvolver. Nós precisamos da ciência para diagnosticar as políticas públicas da melhor maneira, para nos mostrarem os riscos e nos trazer soluções”, explicou.

Como exemplo, o também convidado secretário de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Osvaldo de Morais, relembrou as recentes chuvas e enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul.

“O Rio Grande do Sul é um exemplo de como nós não nos apropriamos do conhecimento científico da forma que ele tem que ser. O estado passou por um desastre que foi o maior dos últimos 100 anos. Mas, em 2023, nós já havíamos passado por um outro desastre que havia sido o pior de todos em 100 anos. Em 2022, um outro desastre. E assim por diante. Uma série de desastres e nós não aprendemos absolutamente nada com eles”, pontuou o secretário.

Meio ambiente, ciência e sociedade

Outro participante da plenária foi o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Pedro Rossi. O pesquisador considera que a ciência necessita ser comprometida com a mudança social. “A ciência não pode ser apenas ciência por ciência, mas ciência comprometida com a transformação social”, disse o docente.

Segundo o professor, para isso, é necessário que a ciência saia da recente dependência com o setor privado e volte a ser prioridade do Estado. “Nós não conseguiremos vencer os desafios do mundo contemporâneo sem mudar a forma de organização social. Se nós quisermos resolver o problema, nós precisamos ressignificar o papel do Estado, e nós precisamos do Estado alocando recursos de maneira intensiva para mudar a organização da sociedade”, continuou Rossi.

Além de Rossi, o secretário Osvaldo de Morais também defendeu a necessidade de um olhar diferenciado da ciência. “O que nós temos que fazer hoje é olhar esse conjunto como uma única obra. E nós temos que formar recursos humanos que tenham uma visão holística e interdisciplinar e multidisciplinar. Sem isso, nós vamos continuar repetindo os mesmos erros”, frisou.

Povos originários

No mesmo sentido, o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Emmanuel Tourinho, acredita que nada adianta adicionar “inclusão” no processo de desenvolvimento sustentável se o bem-estar da população que é atingida por projetos ou políticas não entram nessa equação.

“Não há chance de garantir desenvolvimento sustentável e inclusivo sem levar em conta as múltiplas dimensões das potenciais intervenções sobre qualquer parcela do ambiente da realidade social. E isso não pode ser feito sem o uso intensivo, isento e interdisciplinar das ciências”, disse o pesquisador.

Mais do que a sociedade brasileira, Tourinho considera que os povos originários devem estar no centro da atenção da proteção do meio ambiente. “Hoje nós já entendemos que não há volta para a Floresta Amazônica. Mas o que pouco se fala é a aproximação do ponto de não retorno do tecido social das populações amazônicas, dos sistemas culturais que sustentaram a floresta por séculos”, explicou.

Para o pesquisador, proteger os povos originários é quase tão necessário quanto proteger as árvores. “Como a atenção do mundo não se volta com a mesma intensidade para esta dimensão, o risco amazônico está muito mais sobre a nossa responsabilidade”.

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Aldo Cargnelutti

Facilitador na educação, inovação e sustentabilidade, Aldo Cargnelutti é editor de conteúdo na Rede Brasil Inovador. Estamos promovendo o ecossistema, impulsionando negócios e acelerando o crescimento. Participe!

+55 11 94040-5356 / rede@brasilinovador.com.br

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