Estudo IA generativa | 83% dos entrevistados estão interessados nas oportunidades de criação de valor representadas pela IA generativa
Anualmente, a EY, uma das maiores consultorias e auditorias do mundo, realiza o Reimagining Industry Futures Study (Reimaginando o Futuro da Indústria), um estudo global que traz os principais insights e tendências de tecnologia e inovação, como IA, IoT e 5G. A edição de 2024, que ouviu mais de 1.400 empresas em 20 países, incluindo o Brasil, com uma participação de 7% do total de respondentes por localização, assim como China, Alemanha e México. Os dois primeiros países são Estados Unidos (23%) e Reino Unido (12%). O levantamento indica que, ao mesmo passo que a IA generativa oferece um imenso potencial, as organizações devem enfrentar os riscos, abordar as preocupações com a deslocação de empregos e adaptar as suas agendas de transformação digital para aproveitar plenamente os seus benefícios.
Um dos diferenciais da IA generativa é o potencial de criar valor significativo para as organizações contanto que seja fomentado o ganho de conhecimento e maturidade das pessoas para usufruírem dessas novas tecnologias. 83% dos entrevistados afirmaram que líderes de suas organizações estão interessados nas oportunidades de criação de valor representadas pela IA generativa e 78% dos entrevistados afirmaram que suas organizações exigem maior compreensão dos casos de uso e conceitos de IA generativa. E, além disso, 40% dos entrevistados afirmaram que ainda precisam construir um maior entendimento sobre tecnologias de GenAI e 34% das organizações possuem um ponto de vista incremental, acreditando que GenAI será um aditivo às iniciativas de IA pré-existentes.
Porém, a adoção da IA generativa também traz riscos éticos e de segurança, como riscos baseados em futuras regulamentações. 65% dos CEOs acreditam que é necessário mais trabalho para abordar os riscos sociais, éticos e criminais da IA e 45% das organizações entrevistadas têm como maior prioridade melhorar a Governança de Dados para GenAI, uma vez que investir em governança de dados é essencial para mitigar riscos, como imprecisão e questões éticas.
Da mesma forma que está em trâmite no Senado o PL 2338/2023 (Marco Legal para Inteligência Artificial), as empresas não podem adiar o desenvolvimento de políticas e práticas relacionadas ao uso dessas tecnologias, também no que tange a exposição de informações confidenciais e a LGPD. Somente a maturidade ajudará nesse processo de aplicação e na criação de um arcabouço jurídico consistente.
E muito se fala da substituição do homem pela máquina e que pode sim ter esse impacto. Porém, não necessariamente será uma substituição completa, mas uma transformação de como gastamos nosso tempo no trabalho. 64% dos entrevistados afirmam que o medo do deslocamento de trabalho via IA e IA generativa é pronunciado dentro de suas organizações e que 66% dos empregos terão impactos de moderado a alto pelo GenAI, enquanto os 34% restantes das ocupações têm baixa exposição à IA, mas ainda serão afetados.