rede-brasil-inovador-rec-play-porto-digital-recife-2024-inovacao-innovation-trends-ecossistema-startup-ia-ai-esg-hub-cni-cna-cnc-cnt-ntc-sebrae-ceo-palestrante-aldo-cargnelutti (4)
cubo-itau-hub-sao-paulo-sp-banco-midia-publicidade-anunciante-guia-conexoes-rede-brasil-inovador-inovacao-esg-ia-startup-aldo-cargnelutti-ceo-palestrante

5CNCTI: “A extensão é porta escancarada para o acesso à universidade”, aponta especialista

“A extensão é porta escancarada para o acesso à universidade”, aponta especialista durante a 5ª Conferência Nacional de CT&I

Durante a mesa, debatedores apontaram a importância da extensão universitária como ferramenta de enfrentamento à evasão estudantil e reforçaram a necessidade de financiamentos específicos destinados para a pauta

A extensão universitária, um processo transdisciplinar educativo, cultural, científico e político que promove a interação entre universidade e outros setores da sociedade, foi caracterizada durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação como o acesso mais flexível às universidades. A discussão também apontou que, quando pensada de forma articulada com a pesquisa, ela produz conhecimento inédito e inovação.

A mesa, coordenada pela professora titular da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Soraya Smaili, teve como debatedores a professora da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Clélia Akiko, a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ivana Bentes, e o professor da Universidade de São Paulo (USP), Luís Paulo Piassi. O grupo apresentou exemplos exitosos nas instituições que atuam e reforçaram a necessidade de fortalecer a extensão nas universidades a partir do financiamento contínuo. “A extensão desenvolve metodologias que facilitam o aprendizado e a popularização da ciência. Quando se fortalece a difusão e divulgação científica nas escolas públicas, por exemplo, nós conseguimos evitar o negacionismo”, ressaltou Clélia Akiko.

Para Ivana Bentes a extensão universitária “é porta escancarada para o acesso à universidade”. A docente destacou a grande flexibilidade que a modalidade possibilita para incluir a sociedade nas instituições de ensino, sobretudo as pessoas que acreditam que a universidade não é uma realidade. “O estado brasileiro não tem capilaridade para chegar em todas as localidades do país, mas os extensionistas chegam onde o Estado não chega. A extensão, inclusive, combate a evasão universitária, porque você consegue apaixonar os jovens na ciência e estimular que eles estejam produzindo produtos e metodologias científicas”, afirmou.

Entre as recomendações e propostas para a área, os especialistas frisaram a importância da extensão estar no Plano Plurianual (PPA) e nas Fundações, junto com a pesquisa. Também sugeriram a valorização, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), de ações extensionistas na pós-graduação, em que sejam estimuladas a implementação de programas para a melhoria do ensino de ciências e difusão e popularização da ciência. “É preciso também incentivar pesquisas sobre a extensão. É necessário entender como a extensão interage com a sociedade e qual o impacto dela na população, além de como a gente pode incentivar as universidades públicas e particulares”, completou Luís Paulo Piassi.